Vigorexia : você já ouviu falar desse distúrbio que atinge alguns atletas?
O Personal Trainer Jefferson Aquino, traz um artigo onde explica o que é e quais os sintomas desse distúrbio que atinge diversos atletas.
Estamos na era de ouro do exercício físico. A concepção coletiva de que sua prática traz enormes benefícios para a saúde está sustentada em uma base muito forte, o que a torna de difícil refutação. Não há ninguém que diga que praticar exercícios físicos seja ruim. Todavia, alguns desdobramentos desse fato devem ser pontuados.

Vivemos numa sociedade onde a imagem impera. Aquilo que é mostrado tem mais valor do que aquilo que de fato é. Embora seja de senso comum que a prática do exercício físico tem papel importante na promoção da saúde, não raramente ele é utilizado como um simples meio para alcançar um padrão de corpo perfeito. Esse padrão é instituído a partir de uma cultura que, cada vez mais, valoriza a aparência em detrimento da essência.
É nesse contexto que a Vigorexia é posta.
Mas o que de fato é a Vigorexia?
Você já deve ter ouvido falar, visto na TV ou lido em algum lugar sobre anorexia e bulimia. Pois bem, a Vigorexia, por sua vez, pode ser considerada como uma espécie de prima delas. Enquanto que nos quadros de transtornos anoréxicos e bulímicos o indivíduo se vê extremamente gordo mesmo estando já em quadro de magreza exagerada, nos casos de vigorexia, o indivíduo passa a se enxergar franzino e fraco mesmo estando em condições corporais ditas normais, ou até mesmo com um grau de massa muscular considerado alto.
A sensação de redução da massa muscular após a falta de exercício físico de apenas um dia, a constante insatisfação com o corpo, o aumento excessivo da ingestão de proteínas, o uso de ergogênicos esteróides anabolizantes, são todos fortes indícios de um quadro de transtorno dismórfico de vigorexia.
Por consequência, poderá observar alguns problemas, tais como: quadro depressivo, isolamento social, redução do rendimento profissional, aumento no risco de cardiopatias, derrame encefalar, dislipidemias (desregulação nos níveis de triglicérides e colesterol) , hepatopatias (doenças no fígado) , nefropatias (doenças nos rins), neoplasias, atrofia testicular, ginecomastia, cefaleia, acne e esterilidade. Muitas dessas consequências são decorrentes do uso de esteróides anabolizantes e de radicalismos na dieta. Mas, há ainda, consequências oriundas do excesso de exercício físico denominado de overtraining, tais como, imunossupressão (redução da imunidade), nefropatias (rabdomiólise é uma delas), dentre outras.

Posto isso, se mostra imperioso a compreensão de que um corpo estético nem sempre está relacionado à saúde. A redução do percentual de gordura e manutenção de percentual de massa muscular satisfatória são, de fato, objetivos a serem almejados, e, de forma assertiva, serem alcançados doravante a prática de exercícios físicos. Porém, como diz uma velha máxima: “ a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”, o excesso de exercício físico pode causar sérios danos.
Procure sempre profissionais para elaboração de planos especializados para que seus objetivos sejam alcançados com o máximo de segurança possível. Evite radicalismos e consequências futuras.

Para maiores informações sobre o assunto, Jefferson, autor desse artigo, que é graduando de Educação Física pela UNEB e atua na Academia Millennium, localizada nas imediações do BR, Rua Pedro Ribeiro Pessoa, Bairro do Planalto1, próximo ao Depósito Sampaio, em Catu-Bahia, com instagram @academiamillennium_ , e para falar com Jefferson, mais conhecido como Jefinho, o contato é @jeff.aquino1 .