Saúde

Uso de celulares, tabletes e notebooks podem gerar problemas oftalmológicos

Oftalmologistas revelam como o uso de tabletes, celulares e aparelhos eletrônicos em geral, podem interferir na visão das novas e futuras gerações

Crianças e adolescentes estão usando cada vez mais o celular. As redes sociais são atrativas e acabam tomando muito tempo nas suas vidas. O problema é que todo esse tempo passado com os olhos fixados na tela, tem acarretado sérias consequências. É cada vez mais comum, encontrar adolescentes que passaram a usar óculos ou que sentem dor de cabeça constante, devido ao tempo que passam conectados com o mundo virtual.

Facebook, WhatsApp, jogos, Instagram, entre outros, são atrativos que fazem adolescentes simplesmente não desgrudarem os olhos das telas. A turma do sétimo ano do Colégio Ágappe é uma prova disso.  Em uma conversa com a turma, que é formada por alunos que possuem entre 11 e 13 anos, eles relatam que o celular é parte inseparável de suas vidas, e que o aparelho ocupa muito mais horas do que realmente deveria.

Líria Almeida, 12 anos, relata que já passou a sentir mais dor de cabeça do que costumava sentir e que isso traz consequências: “minha mãe reclama do tempo que eu passo no celular” conta a aluna.

Ana Clara Lima, 11, partilha da mesma situação que vivem seus coleguinhas de turma: “uso o celular o tempo todo, só paro quando minha mãe manda” e Caíque de Souza ,13, confessa: “prefiro o notebook, porque passo muito tempo jogando, às vezes fico a noite toda, aí minha mãe reclama. Eu prefiro o computador que sair para brincar na rua”.

O aumento de números de pessoas míopes tem crescido muito mais do que se pode imaginar. O oftalmologista e pesquisador da área, Rubens Belfort, doutor em oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo e presidente da Sociedade Pan-americana de Oncologia ocular, explica: “uma projeção da Organização Mundial da Saúde diz que, em 2050, a miopia vai ser um grande problema de saúde pública. Existe uma teoria que diz que isso aconteça por causa das atividades de visão para perto, quando criança. No caso, as crianças aproximam muito os aparelhos (celulares, ipads) dos olhos para enxergar. E outra que diz que as crianças estão ficando muito dentro de casa e as atividades ao ar livre ajudariam a criança a não ficar míope. Dentro de casa, as coisas estão muito próximas, ela olha muito para perto”, explica.

Entretanto, ao contrário do que se pode imaginar, não há uma relação direta entre o uso de aparelhos eletrônicos e a miopia, o que, na verdade, se torna um problema é a proximidade desses aparelhos com os olhos, por isso Dr Rubens alerta: “tem que ter uma limitação de números de horas por dia que a criança pode usar esses aparelhos e orientar que esses aparelhos não podem ficar muito perto do rosto, tem que ter uma distância saudável para usar”.

Além dos casos das pessoas (crianças ou adultos) que adquirem a miopia e outros problemas oftalmológicos durante o decorrer da vida. Há situações em que os problemas de visão existem desde o começo da vida, nesses casos, a visita ao oftalmologista nos primeiros dias de vida é imprescindível para o tratamento precoce.

Dr. Danilo Rios, oftalmologista, formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). “Logo ao nascer, os cuidados com a visão devem ser iniciados para que problemas futuros possam ser prevenidos, o teste do olhinho é um exame crucial, para prevenção. Nele pode-se descartar a existência de tumor, catarata e descolamento da retina. Após seis meses, peço para que a criança retorne para que exames mais detalhados possam ser feitos na retina, afinal ela é responsável por enviar imagens para o cérebro”. E avisa: “a partir dos três meses, a criança começa a seguir objetos. Se isso não acontece, pode ser que ela apresente problema de visão”, alerta o oftalmologista.

Dr Danilo Rios, atende no Hospital Agnus Dei, Catu-Bahia, através de agendamento pelos números: (71) 3641-8250  e (71) 3641-8251, além do Whatsapp (71) 9 9988-6691.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Edição de Texto e produção: Donaire Verçosa

Reportagem Carla Sousa

Imagem Capa da Reportagem da BBC