Esporte

Um fim de temporada bem previsível

O Bahia fez sua melhor campanha na era dos pontos corridos. Mais uma vez vai para disputar a Sul-Americana. Já o Vitória se tornou o time com mais quedas nesse mesmo período. O quarto rebaixamento. Bahia e Vitória fizeram o que todos esperavam. Sem surpresas para os dois lados. Alegria com mais cara de sorriso amarelo para os tricolores, tristeza e consciência do que iria chegar para os rubro-negros.

Bruno Henrique (c), jogador do Palmeiras, com a taça comemora a conquista do título do Campeonato Brasileiro 2018 (Foto:Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

Quem não colocaria o Palmeiras como um dos favoritos ao Campeonato Brasileiro provavelmente não entende de futebol e como as coisas funcionam no Brasil. Os times que mais investem têm mais chances de chegar ao fim da temporada colhendo títulos e não amargurando rebaixamento e decepções.

O Brasileirão, especificamente para os times do Nordeste, é sempre uma luta mais árdua. As viagens são mais longas, o que impacta na recuperação, os repasses das cotas são menores e o valor dos patrocínios não chegam nem perto dos principais times do Sul e do Sudeste.  Tudo isso reflete no desempenho dos times. Dos quatro rebaixados, dois são do Nordeste. Uma realidade que se todo ano se repete.

Bahia

O tricolor fez uma campanha razoável e com sustos. Mesmo com um elenco que todos apostavam que poderia mais, o time passou alguns momentos na zona de rebaixamento. Com a troca do treinador, o Bahia ganhou fôlego e chegou a até sonhar com uma vaga na Libertadores. Fez a melhor campanha nos pontos corridos e pretende mais no ano que vem. Para isso, mais planejamento e dinheiro em caixa para montar um time ainda mais competitivo.

A chegada do técnico Enderson Moreira deu uma nova cara ao time. (Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia)

Saldo do ano: campeão baiano, vice na Copa do Nordeste e a melhor campanha na era dos pontos corridos.

Vitória

O rubro-negro não teve um ano fácil. Não ganhou um Bavi. Perdeu o baiano para o maior rival. Nem para as finais da Copa do Nordeste foi. Em nenhuma das competições foi competitivo e os erros administrativo e na gestão de futebol refletiam em campo. Desordenado e sem um padrão indefinido, só não conseguiu ser pior que o Paraná. Não teve um momento de tranquilidade no ano. Colheu o que plantou e para o ano que vem terá menos dinheiro e, pelo que parece, os mesmos problemas dessa temporada.

O presidente Ricardo Davi foi um dos mais cobrados pelo rebaixamento. (Foto: Bahia Notícias)

Saldo ano: Um rebaixamento.

Ano que vem será tudo diferente. As pré-temporada vai determinar muito do que será o ano dos dois times baianos. Vitória tem um objetivo mais “importante”, que será voltar para a elite do futebol no Campeonato Brasileiro. O Bahia vai querer sair dessa mesmice que é a do meio da tabela. A diretoria tricolor quer  mais e a torcida precisa comprar essa ideia indo ao estádio.

Redação