Supremacia Marta!

Nem Messi, muito menos Cristiano Ronaldo. A maior atleta a ser escolhida a melhor do mundo vem aqui do Brasil, e não tem o valor que deveria. Marta foi eleita pela FIFA pela sexta vez, superando, inclusive, os homens. Marta é orgulho nacional sem holofotes num país onde Neymar, sem ganhar nada individualmente, é o rei.

A premiação de ontem tinha apenas um enfoque: saber se acabaria a era CR7/Messi nos melhores do mundo. Por fora corriam o croata Modric, meia que já tinha sido eleito o melhor na Copa do Mundo, e já tinha faturado como melhor jogador da Europa, e o atacante Salah, destaque na ultima temporada pelo Liverpool. Os dois já faziam história por deixar Messi fora da disputa.

Marta é brasileira. Parece o óbvio, mas no país da melhor do mundo, o futebol feminino é tratado, em sua maioria, com improviso, sem apoio e sem os principais veículos de comunicação preocupados com o legado que Marta deixará. É notório que o valor de Marta lá fora é bem maior, tanto que para nós, a sua indicação sempre soa como surpresa, não pelo futebol, mas por não acompanharmos o que ela faz pelo mundo.

O Brasil escolhe seus ídolos e quem vai ser destaque. Não adianta Marta ser a melhor jogadora do mundo por seis vezes. Não basta é ser maior que CR7 e Messi. Não basta ela ser infimamente mais vitoriosa que Neymar, a aposta mais fracassada que vi. Marta é maior que tudo isso e merece nossa reverência. Que os responsáveis pelo nosso futebol valorizem, um pedido já feito por tanta gente, o futebol feminino que têm dado orgulho, mesmo com quase nenhum apoio.