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Suicídio: falar é preciso

O mês de setembro é o escolhido oficialmente para combate e prevenção ao suicídio. O momento é para alertar a sociedade sobre a importância de trazer a discussão do tema nas rodas de conversas e redes sociais, já que no Brasil, há um suicídio a cada 45 minutos

 

Dados mundiais indicam que ocorre uma tentativa suicida a cada três segundos e um suicídio a cada 40. Mais de um milhão de pessoas tiram a sua própria vida todos os anos no mundo, tornando o “suicídio” um problema social, e de grande relevância para a saúde pública, mas na maioria das vezes pode ser evitado.

No mês de combate e prevenção ao suicídio, diversas ações tem trazido o debate do assunto para o âmbito social e acadêmico, afim de abordar o tema que é de extrema importância, devido em consequência do seu impacto junto a sociedade. Provocar o fim da própria vida está entre as principais causas das mortes entre jovens, de 15 a 29 anos, e também de crianças e adolescentes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o suicídio tem aumentado nas últimas décadas, atingindo assim todas as faixas etárias e também, vários contextos socioeconômicos, estando entre as dez principais causas de morte no mundo e entre as duas ou três causas mais frequentes de morte entre adolescentes e jovens na fase adulta.

Mais assustador ainda é destacar que a OMS registrou na última década, suicídios a partir dos cinco anos de idade, isso é altamente impactante, já que pensa-se que uma criança dessa idade que está em processo de desenvolvimento cognitivo e emocional, possa agir propositalmente tomando como alternativa para por fim ao seu sofrimento tirar sua própria vida. Ou seja, é preciso dar atenção especial a esse problema, pois o suicídio é uma tragédia pessoal, familiar que impacta na saúde emocional das futuras gerações dentro dessa crescente.

O que se pode declarar, levando em conta a experiência clínica e pesquisa, é que há grande enredamento para compreender o comportamento suicida, como questões emocionais, psiquiátricos, religiosos e socioculturais, um conjunto de fatores que auxiliam na compreensão da situação de vida, e do sofrimento que a pessoa porta e, por isso busca a morte.

O fenômeno do comportamento suicida é assustadoramente complexo e difícil de ser abordado, mesmo porque, no mundo ocidental, a morte, por si só, já é um assunto difícil de ser trabalhado nos diversos espaços sociais, como escola, família, no contexto acadêmico, e nos cursos na área de saúde em geral.

Importante abordar o que leva uma pessoa a cometer o suicídio, são fatores internos; desesperança, sentimento de culpa, tristeza, vergonha, raiva dos familiares e amigos, depressão, conflitos existências entre outros, nesta mesma linha temos os fatores externos; eventos traumáticos de perda, conflitos sociais, separações, luto, desemprego, álcool, drogas, bullying, entre outros. Vale ressaltar que cada um sente a dor de formar diferente, talvez o que me derruba, é o que te deixa ainda mais forte.

A prevenção do comportamento suicida deve-se iniciar na família, ela deve aprender lidar com a morte e como falar sobre ela. Normalmente, esse é um assunto que a família esconde, por acreditarem que os filhos pequenos não tem recursos psíquicos para digerir a situação, outro aliado nesse aprendizado é a escola, trabalhar com as crianças, questões como a valorização da vida, desde de cedo é de suma importância. A harmonia, empatia, fraternidade, e o respeito são elementos que quando trabalhados corretamente, preparam a criança para enfrentar as dificuldades por toda a vida. Está atento ao outro, perceber qualquer comportamento estranho que fuja da rotina, ser empático, pode ajudar na prevenção do suicídio, normalmente quem quer cometer esse ato dar algum indicio de que algo está errado.

Falar sobre suicídio, é valorizar a vida, para que paradigmas e preconceitos sejam quebrados, não é drama, não é chamar a atenção, ou muito menos frescura. Ao pensar em suicídio a pessoa só quer se livrar do sofrimento emocional, não da vida. Falar sobre aquilo que lhe dói, é necessário. Procurar ajuda profissional especializada é a melhor solução.

Psicóloga Clínica:

 Angela Maria Machado Alvares

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Redação