Solenidade de posse de Bolsonaro poderá ter culto ecumênico
Será a primeira vez na história do Brasil que um presidente da República fará da posse uma celebração religiosa
Interlocutores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) solicitaram nesta quinta-feira (1º) aos organizadores da solenidade de posse para que a cerimônia a ser realizada no dia 1º de janeiro de 2019 englobe um culto ecumênico.
Será a primeira vez na história do Brasil que um presidente da República fará da posse uma celebração religiosa. Os detalhes ainda estão sendo estudados, como horário, local, esquema de segurança e nomes dos líderes religiosos que participarão.
Só para a solenidade no Congresso Nacional serão convidados 2 mil pessoas, entre parlamentares, políticos e nomes designados pela equipe do presidente eleito.
Uma ação semelhante ocorreu apenas em 1995, quando o presidente eleito Fernando Henrique Cardoso participou de uma missa.
Catedral – Se confirmado o culto ecumênico, pelo menos um padre, um pastor e um rabino devem integrar a celebração. A Catedral de Brasília, cartão-postal da cidade e localizada na Esplanada dos Ministérios, é o local apontado como mais apropriado para a cerimônia religiosa.
Para que governadores de estados, que tomam posse no mesmo dia, presidentes da República estrangeiros e primeiros-ministros consigam estar presentes, o ideal é que ocorra à tarde, como de praxe. A posse de Dilma Rousseff em 2015, por exemplo, foi marcada para as 15 horas.
Deslocamento – Na posse de Bolsonaro, especialmente por causa do atentado sofrido por ele durante a campanha, a segurança será de longe a principal preocupação do cerimonial e dos órgãos envolvidos no evento.
Por isso ainda há dúvidas sobre a definição se o deslocamento do presidente eleito e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, será no Rolls Royce, da década de 1950, utilizado por vários presidentes.
Caso a opção seja um carro aberto, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, deverá vir logo atrás também em carro conversível. Qualquer que seja a escolha, eles serão escoltados por batedores e por Dragões da Independência.
Além da questão de segurança, o fator meteorológico também é decisivo. Dois roteiros são montados, um para sol, outro para chuva – bastante comum nessa data em Brasília. No roteiro com sol também está prevista uma exibição da Esquadrilha da Fumaça.
Convidados – A lista de convidados, segunda maior preocupação da equipe, é complexa e extensa. Entre os que terão o privilégio de acompanhar a cerimônia de posse dentro Congresso, estão os novos governadores de estado, ministros de tribunais superiores, os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, parlamentares que terminam o mandato em 31 de janeiro de 2019 e os que foram eleitos em outubro, além de chefes de Estado.
A expectativa é de que 60 delegações estrangeiras prestigiem Bolsonaro. Diante de uma lista tão grande e do espaço limitado, o cerimonial deverá adotar uma regra clara: “convites são individuais e intransferíveis”.
Além dos convidados oficiais, cerca de 500 jornalistas e 300 funcionários do Congresso deverão trabalhar diretamente na solenidade de posse.
Os convidados terão lugares específicos para ocupar, como o Salão Nobre do Senado, o Salão Verde, o Plenário e suas galerias. Apenas presidentes estrangeiros e primeiros-ministros receberão hologramas (espécie de credencial) antecipadamente e estão dispensados de passar pelos detectores de metal. Com informações da Agência Brasil.
FONTE: Bahia.Ba e Agência Brasil