Saúde

SESAB confirma novos casos de sarampo na Bahia

A campanha segue até dia 25 deste mês

Na Bahia, oito casos de sarampo foram confirmados pela Secretaria da Saúde do Estado no começo de outubro, sendo sete em Santo Amaro e um em Jacobina. Além destes, houve casos de pacientes que estiveram fora do estado antes de apresentar a doença. A Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) vem reforçando a importância da prevenção para que a doença não se propague no estado, a exemplo do que está ocorrendo com São Paulo, Pará e Rio de Janeiro.

O sarampo é uma das doenças mais contagiosas do mundo, com potencial para ser extremamente grave, afetando principalmente crianças menores de 5 anos de idade, especialmente as mal nutridas e bebês não-vacinados. A única medida efetiva de prevenção contra o sarampo é a vacina, distribuída gratuitamente nos postos de saúde e que também imuniza contra caxumba e rubéola. Essa imunização faz parte do calendário vacinal.

Orientação aos viajantes

Todo viajante com destino internacional ou para áreas no Brasil com comprovada circulação do sarampo que não seja vacinado ou que esteja com esquema vacinal incompleto para prevenção do sarampo, deve se vacinar pelo menos 15 dias antes da viagem;

Os passageiros que retornam, nos últimos 30 dias, das áreas de risco para o sarampo, caso apresentem febre e manchas vermelhas pelo corpo, acompanhado de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, devem procurar uma unidade de saúde para atendimento imediato.

ATENÇÃO

Todos os baianos com viagem marcada para o estado de São Paulo devem ser vacinados contra o sarampo. A medida foca naqueles viajantes que nunca foram imunizados ou que tenham esquema vacinal incompleto, principalmente crianças. Isto deve-se ao estado paulista concentrar 99% dos casos confirmados de sarampo no Brasil, atualmente.

O que é

Doença viral aguda, altamente contagiosa, grave, que pode acometer pessoas  não-vacinadas em qualquer idade.

Como é transmitido?

De pessoa a pessoa, através das secreções nasais ao tossir, expirar ou falar. O contágio também se dá por dispersão de gotículas com partículas virais (aerossóis) no ar, em ambientes fechados como, por exemplo, escolas, creches e clínicas. O vírus pode permanecer em ambiente fechado por até duas horas depois de a pessoa infectada ter saído do local.

Sintomas

Os sintomas da doença aparecem apenas de 10 a 14 dias após a exposição ao vírus. Incluem tosse, coriza, olhos inflamados, dor de garganta, febre e irritação na pele com manchas vermelhas. Além disso, em casos mais graves, pode causar também infecção nos ouvidos, pneumonia, diarreia, convulsões e lesões no sistema nervoso.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado com exames de laboratório específicos como IgM para Sarampo ou PCR (reação da cadeia de polimerase) para identificar o vírus. Não há tratamento para uma infecção de sarampo que já está estabelecida e é necessário auxílio médico para aliviar os sintomas e acompanhar a evolução do paciente. Normalmente, os sintomas desaparecem em dias ou semanas.

Situação

A doença é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo. No Brasil, graças às sucessivas campanhas de vacinação e programas de vigilância epidemiológica, a mortalidade não chega a 0,5%. Porém, em 2017, a vacinação de crianças menores de um ano teve seu menor índice de cobertura em 16 anos no país. A baixa taxa de imunização é um dos motivos de o vírus ter voltado a circular no Brasil.

Prevenção

Vacinar é o meio mais eficaz de prevenir o sarampo. Duas doses da vacina são recomendadas para garantir a imunidade e evitar surtos, pois aproximadamente 15% das crianças vacinadas falham no desenvolvimento de imunidade da primeira dose. A vacina Tetra Viral é indicada para prevenção do sarampo e está disponível nos postos de saúde para crianças a partir de 6 meses de idade. Outra opção é a vacina tríplice viral.

Esquema de vacinação por idade

De 6 a 11 meses (*)

A criança deve receber a dose zero da vacina Tríplice Viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba.

Aos 12 meses de idade

Receber a 1ª dose de rotina da vacina Tríplice Viral

Aos 15 meses de idade

Receber a 2ª dose de rotina da vacina Tríplice Viral.

Até 29 anos

Caso não tenha sido vacinado anteriormente, deve receber duas doses da vacina Tríplice Viral, com intervalo de 30 dias.

30 a 49 anos

Caso não tenha sido vacinado anteriormente, deve receber uma dose da vacina Tríplice Viral.

(*) Esquema de vacinação especial, orientado pelo Ministério da Saúde, de acordo com o atual cenário epidemiológico.

Obs.: A vacina é contraindicada em gestantes. Pessoas imunocomprometidas deverão ser avaliadas e orientadas antes da vacinação.

Fonte: SESAB

Redação