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Racha no núcleo Valadão: entenda a disputa envolvendo a família e a “marca” Lagoinha

André Valadão acionou o cunhado, Felippe Valadão, na Justiça e comprou uma briga com os outros parentes, como Ana Paula Valadão.

Depois da coluna Fábia Oliveira contar que Ana Paula Valadão foi “silenciada” durante a transmissão de uma palestra em uma igreja da Lagoinha, o assunto repercutiu e ganhou a web na terça-feira (19/11). A cantora gospel ainda foi excluída das redes sociais da congregação, depois de citar a disputa familiar envolvendo o irmão André Valadão.

Na internet, as pessoas especulam que Ana Paula teria sido boicotada pela própria família, uma vez que tomou partido no imbróglio entre André Valadão e Felippe Valadão.

Gustavo Bessa, marido de Ana Paula Valadão, também se manifestou logo em seguida sobre a situação e ainda lamentou o fato de a pregação da esposa ter “sumido”, alimentando ainda mais o racha entre os herdeiros da Lagoinha.

“A mensagem foi poderosa, confrontadora e de sacudir os alicerces. Mas, cortaram a transmissão e deletaram a mensagem. Tempos estranhos”, escreveu o líder evangélico nas redes sociais.

André é líder da Lagoinha Global, que conta com sede em Orlando, nos Estados Unidos. O líder religioso pretende unir todas as unidades em uma única “marca”

Com isso, Felippe foi acionado na Justiça para pagar uma indenização por usar o nome do templo em Niterói, região fluminense do Rio de Janeiro.

E foi aí que todo a treta começou. Ana Paula e o marido, Gustavo Bessa, se manifestaram contrário à atitude de André e apoiaram, publicamente, Mariana Valadão, irmã mais nova, que é casada com Felippe.

“Eu e minha sis. Batemos papo sempre, fazemos questão de apoiar uma à outra em tudo, jamais como competidoras, mas cooperadoras! Sis, te amo e proíbo que o ladrão da alegria te roube, em nome de Jesus!”, ressaltou sobre Ana sobre Mariana.

Dois dias após o início da polêmica, Ana Paula Valadão compartilhou imagens ao lado do pai, Márcio Valadão, criador da Lagoinha. No texto, palavras bíblicas que parecem ser uma alfinetada no irmão que trava uma guerra contra o cunhado.

“Honrar pai e mãe é reconhecer que recebi de graça o que custou pra eles. É também, muitas vezes, ver desconstruir, fazer de novo e insistir. Recomeçar, reconstruir. Tem gente que a gente precisa deixar ir, mas pai e mãe não, quero sempre aqui. Custe o que me custar, já paguei e vou pagar para, junto de mim, atrair os que me deram o próprio viver”, falou.

Ana Paula Valadão foi excluída do perfil do Instagram da Lagoinha depois que do evento que deixou os fiéis surpresos. As pessoas que seguem a igreja ficaram sem entender o motivo do vídeo dela ser retirado do ar.

Indireta para defender Ana Paula Valadão

Gustavo Bessa decidiu sair em defesa de Ana Paula Valadão, depois da cantora ser “silenciada” durante uma palestra em uma igreja da Lagoinha no Rio de Janeiro.

O pastor compartilhou um trecho do registro em que Ana Paula fala do racha entre os herdeiros da Lagoinha:

“Segue um pedaço da mensagem que foi intencionalmente delatada”, escreveu na legenda da publicação.

Bessa também repostou um story da esposa, onde ela conta que está em Niterói visitando a irmã, Mariana Valadão, esposa de Felippe Valadão. O líder religioso foi acionado na Justiça por André, que detém o poder da Lagoinha Global, pedindo uma indenização por usar a marca nos templos da região fluminense do Rio.

“Até mais, Nikiti. As estações mudaram, mas o Senhor vai continuar surpreendendo sendo o mesmo”, comentou a artista.

Imbróglio na Justiça

A Lagoinha Global, de André Valadão, deu início a uma briga judicial contra a Igreja Lagoinha de Niterói, representada por Felippe Valadão. Em primeira mão, contamos todos os pormenores da ação que tramita discutindo um complicado assunto: o direito a uma marca.

No documento que inicia o processo, a Lagoinha Global explica ter se associado à marca “Lagoinha”, adotando o nome para sua identificação junto a fiéis e parceiros. Segundo a autora da ação, foram feitos pedidos de registro da marca junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, o INPI.

Na ação, a Igreja Lagoinha de Niterói é acusada de reproduzir indevidamente a marca registrada pela autora. De forma simples, o processo gira em torno de uma suposta violação de marca que, curiosamente, envolve duas igrejas de um mesmo segmento.

A Lagoinha Global afirma que os nomes para lá de semelhantes podem confundir os fiéis, já que uma marca pode facilmente se passar pela outra.

Em sede de defesa, a Igreja Lagoinha de Niterói afirmou que a autora sempre soube do uso do nome e nunca o questionou. Segundo a ré, as marcas conviviam de forma pacífica e afirmou que André Valadão chegou a participar de eventos em sua igreja, no Rio de Janeiro.

Pois bem. Com exclusividade, a coluna Fábia Oliveira descobriu que a igreja de André Valadão retrucou a defesa da Lagoinha de Niterói, de Felippe Valadão. Nos autos, ela afirmou que o caso não admite discussões sobre prescrição, argumento que chegou a ser utilizado pela ré para dar fim à ação.

A Lagoinha de Niterói também chegou a dizer que havia uma autorização para coexistência das marcas, no entanto, segundo a Lagoinha Global, a mesma foi retirada, tornando o uso ilegal a partir de 2022. A autora afirmou, categoricamente, ser impossível que as expressões Lagoinha e Lagoinha de Niterói convivam simultaneamente.

Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos! A matéria do metrópoles.