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Quadrilhas juninas se apresentam no São João virado nos 150 anos

Concurso de quadrilhas é destaque do São João de Catu na noite de abertura da festa

Dia 22 de junho de 2018 ficará marcado na memória de cada um dos que participaram ou foram apenas assistir as disputas entre as quatro quadrilhas juninas (uma não compareceu),  em uma grande arena levantada em Praça Pública enfeitada com decorações típicas do São João, que encantaram  à todos com tamanha paixão  demostrada em cada passo dos dançarinos das equipes.

O grupo Estrela D’alva abriu a noite de espetáculos, fazendo valer o título de patrimônio cultural da cidade, trazendo muita emoção com músicas juninas tradicionais embalando a dança dos integrantes.

 

A equipe das Rosas Vermelhas protagonizou ao entrar em cena, um minuto de solêncio solene a bailarina da quadrilha Taciliane (in memoriam), conhecida por todos como “Galega”, que veio a falecer com apenas 24 anos de idade, e dedicou 10 anos de sua vida para a dança, por isso, o grupo em sua homenagem ovacionou seu legado várias vezes na noite, gritando: “Para Sempre Galega”.

 

Além da equipe Rosas Vermelhas, de Sítio Novo, houve apresentação dos grupos ‘Ilumiar Pinga Ne Mim’, ‘Os Cangaçeiros’ do distrito de Pau Lavrado, e Arraiá Bela Flor, grupo do distrito de São Miguel; esta que mais uma vez saiu campeã. O placar foi 215 pontos para Rosas Vermelhas levando o troféu de terceiro lugar, 232 Pinga Ne Mim, ficou em segundo e 239 Bela Flor, saiu vitoriosa.

Quem marcou presença garantida no evento foi Ed Ribeiro (artista plástico renomado da cidade) e o catuense Diego Serrado (professor de quadrilha, coreografo e ator), ambos apaixonados pela cultura, se mostraram várias vezes emocionados com as apresentações da noite. Diego Serrado que tem uma vasta história como coreografo de quadrilhas e diversas apresentações de dança em Catu.

A estudante de 16 anos Maiale Carvalho, que pela primeira vez compareceu a um concurso de quadrilhas juninas, classifica o momento como ‘mágico’: “minha primeira vez assistindo a um evento deste porte, estou amando muito, é um momento mágico que vai marcar para sempre minha memória”, conta.

O diretor de cultura João Ferreira Júnior  descreveu sua satisfação com o evento: “o momento é maravilhoso, porque é um projeto que representa a dedicação dos grupos, fortificando uma tradição cultural. Colocar em prática um trabalho que foi planejado, pensado, costurado e pintado por mãos de várias pessoas que durante um ano se empenharam, não tem palavras. Existe uma evolução de forma total nos trabalhos expostos ao público. Esse ano a Prefeitura Municipal juntamente com a secretaria de Educação e Cultura elaborou um edital para as quadrilhas apresentarem seus projetos e trazer nas apresentações algo que falasse da história da cidade.” Pontua.

Cada equipe trouxe um tema representando elementos da cidade, o da primeira colocada homenageou as famosas benzedeiras do distrito de São Miguel, a segunda “O amor de um vaqueiro” e, por conseguinte, a terceira “Amor, saudade e devoção. De volta a minha terra do coração.”

O prefeito Geranilson Requião não deixou escapar a felicidade que sente em ver cada apresentação e vale dizer que ele classificou todos os grupos como ‘profissionais’: “estou muito feliz com a felicidade do povo, estou sem palavras, me restam apenas elogios, certamente os jurados tiveram grandes dificuldades para eleger o melhor. Os temas foram maravilhosos, foi uma apresentação profissional” Expôs.

Maria José Carvalho sacramento, conhecida por todos como ‘Zezé Sacramento’, diretora financeira da FEBAQ (Federação Baiana de Quadrilhas Juninas), explica um pouco do que sente em poder estar em solo catuense acompanhando cada equipe: “estamos em parceria com os municípios, somos um entidade filantrópica, e onde tem quadrilha junina associada a nós, certamente existem belos trabalhos. É motivo de honra prestigiar este concurso. Comparado aos anos passados, é possível ver um crescimento e desenvolvimento dos grupos.” finaliza.

Para abrigar as apresentações das danças culturais e das bandas, a noite   foi coroada com  o som das bandas; Frutos Nordestinos e Colher de Pau, que levou a galera para dançar.

O local principal das festas, bairro da Aruanha, esta colorido e o nome CATU construído recentemente na reforma da Praça da Aruanha, virou atração da festa, onde catuenses  e os visitantes da cidade tiraram fotos para guardar de recordação do São João Virado nos 150.

 

 

Redação