Projeto “TRANSFORMA Ê” movimenta alunos da rede pública de ensino
A última quinta-feira (21) no Colégio Estadual Antônio de Deus Seixas foi repleta de dança, literatura, grafite, artesanato e música, reunindo estudantes em torno da arte e da cultura
Durante toda a quinta-feira(21) no Colégio Estadual Antônio de Deus Seixas, localizado no Pioneiro(catu-ba) o evento cultural “Transforma Ê” reuniu artistas, estudantes e professores, que se envolveram atendendo a convocação da secretaria de educação do estado, sendo aberto a outras instituições de ensino.
O projeto tem como base um dos eixos do Programa Educar para Transformar. Trata-se de um movimento educativo e cultural, proposto pela Secretaria de Educação do Estado às unidades escolares da Rede Estadual de Ensino, com o objetivo de potencializar a produção científica, artística, literária, cultural e social da unidade escolar com a participação do coletivo da comunidade local.
Com o tema “Tomando Partido pela Escola” o projeto desse ano tem a missão de reafirmar a escola como instrumento importante da formação humana, social, política e econômica da aprendizagem.
A receptividade dos estudantes da escola foi das mais positivas. Com os mais variados segmentos artísticos propostos para o dia, como: pinturas, karatê, música e claro a participação de todos durante o evento. Os alunos do Antônio de Deus Seixas, tiveram a oportunidade de colocar em prática a teoria que aprenderam nas aulas de literatura em sala de aula.
A Coordenadora do Colégio ADS, Kátia Alcântara falou um pouco da importância desse evento, “o estado nos convida a abraçar esse projeto, e é o segundo ano que o “Transforma Ê” é realizado aqui no Antônio de Deus Seixas, evidenciando as habilidades do alunos artísticas, culturais, dos alunos envolvidos. Este ano temos a proposta. Esse ano tivemos uma união com a Escola Municipal Gilberto Alves. Nossos alunos são bolsistas de academias da cidade de Muay Thai, karatê.” A coordenadora mostra que os alunos de fato tem a capacidade de apresentar trabalhos importantes e pincipalmente de aprender com o que a cultura propicia.
Sobre o ADS Kátia ressalta: “aqui é uma escola de educação integral e nós queremos mostrar que os nossos estudantes são capazes. Trouxemos um grafiteiro, um DJ para tornar o evento bem bacana. Não cabe a escola, apenas usar conteúdos teóricos, o mundo é dinâmico, estamos em função de transformação e a escola também tem de estar”, pontua a coordenadora.
A diretora da escola, Jeane Chian, enfatizou que percebeu a necessidade de fazer atividades como essas na jornada pedagógica, no início do ano. “Nós vimos a necessidade de fazer atividades diferentes, que fizessem com que os alunos aprendessem de forma dinâmica o conteúdo passado. Esses eventos trazem mudanças, tiram o marasmo, mesmo sabendo da importância do que é feito na sala de aula. Tudo isso fortalece a formação desses jovens.”
Também, engajado no movimento rap, dois Mc’s vindos da cidade de Dias D’ávila projetados pelo Dj Thandera, estiveram na maratona de atividades artísticas realizadas no pátio principal da escola. Sheffer de 22 anos e Gleidson Souza de 26, contaram um pouco do retrato da vida e da sociedade na música que compuseram: “viemos de duras batalhas na vida. O que está sendo representado aqui, é justamente a arte que queremos expor para essa galerinha aí que está conhecendo a vida agora. O que construímos no rap evidencia o que somos, de onde fomos projetados, o que construímos aqui.”
O evento fechou o dia com o grafite na parede da escola em que os alunos tiveram a oportunidade de colorir. O grafiteiro Magno Lago de Camaçari(Ba), fala que as cidades carecem de eventos como esse, que explore a pintura e arte. “Fui informado que Catu é carente da cultura de rua e que precisa desenvolver mais essa arte e certamente a escola é o princípio de tudo. Os alunos envolvidos tem a oportunidade de se manifestar através dessa beleza nas paredes. Aqui é um pouco do grafite, eles estão tendo o contato direto. aprimorando seu conhecimento.”
No ano passado, 60% das unidades escolares do Estado atenderam ao pedido da Secretaria para realizar uma virada educacional no sentido de superar as dificuldades que as escolas vivenciam dentro das comunidades, principalmente as mais carentes.