Cultura

Por um novembro realmente negro é o tema trazido para as comemorações do novembro negro em Catu

O evento realizado na sexta-feira(18) no auditório da Secretaria Municipal de Educação e Cultura – SMEC contou com o seminário temático: POR UM NOVEMBRO REALMENTE NEGRO: em tempos de intolerância religiosa e racismo estrutural, os debates são emergentes.

Promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS e Conselho de Políticas Públicas de Igualdade Racial, com contribuições de outras organizações como o Conselho da Mulher e representantes dos Terreiros de Candomblé catuenses; o evento teve por objetivo sensibilizar a população da importância e valorização da cultura negra, criando espaços para as manifestações artístico-culturais, a fim de proporcionar reflexões dessa realidade e afirmações positivas dos aspectos culturais negros vigentes na nossa sociedade, como relatou a Coordenadora de Políticas Públicas de Igualdade Racial, Nailza de Jesus Pereira Santos.

A mesa de abertura foi composta pelo Prefeito Pequeno Sales, a Primeira-dama e Secretária de Assistência Social Jucicleide Bezerra da Silva, a Coordenadora de Políticas Públicas de Igualdade Racial Nailza de Jesus Pereira Santos, a Ialorixá e Vice-presidente do Conselho de Políticas Públicas de Igualdade Racial Edileuza Silva de Carvalho, popularmente chamada de Mãe Leu, e a Secretária de Educação e Cultura Rosângela Sales. Neste momento, todos agradeceram o convite e ressaltaram a importância do evento.



Toda a discussão do evento evidenciou a importância do respeito aos povos pretos, bem como suas culturas e crenças, visto que, ainda é eminente os casos de preconceito racial, intolerância religiosa e dados social, no que tange, à mortes, desemprego, disparidade trabalhista e entre tantos outros assuntos quando envolvem essa parcela. Esses pontos foram muito bem retratados na palestra magma da Luciana Mendes, Assistente Social e Bacharelanda em Direito, que trouxe vivências dela e de outras mulheres em diferentes momentos históricos.

Durante a palestra, Luciana, promoveu uma viagem ao passado deste a “libertação dos escravos” pela Princesa Isabel, até os dias atuais, fortalecendo a importância dos grupos pretos para a conquista de direitos, retratou momentos de autoras pretas que lutou pelo seu povo através da literatura, como Carolina de Jesus com o livro Quarto de Despejo; e, também, e, por fim, falou dados de pesquisas realizadas em 2019 sobre homicídios na Bahia e Brasil do povo preto, desigualdade salarial e escolaridade.


A culminância do seminário foi realizada com debate com a participação de todos presentes, e foram entregues de certificados na qualidade de ouvintes à plateia.




Ainda na sexta-feira, dia 18 de novembro, foi realizado o II Sarau Vozes Negras – Nosso canto, nossa arte, nossa cor, no Marco Zero, a partir das 18h. O sarau será iniciado com o Xiré, ato que compõe a cerimônia realizada para todos os Orixás do Candomblé(deuses), pela primeira vez, e seguido por outras manifestações culturais que compõe a negritude. Também houve apresentações de música com letras que traziam alusão a luta pelo lugar do negro na sociedade, além da capoeira trazida pelo Mestre Joca do Grupo Capoeira Catu, relembrando a luta do negro pela liberdade durante o período da escravidão dos povos africanos no Brasil. Também Apresentações com coreografia, na qual clamou-se pedido respeito aos pretos. No fechamento, o famoso e tradicional grupo de samba de roda de Fiscal e sua equipe.

Um desarque a ser pontuado é a decoração que foi toda realizada por Marcial Eventos.

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***Por Joe Oficiall sob a supervisão de Donaire Verçosa.


Redação