A paz volta a reinar em Catu depois de toque de recolher propagado via Whatsapp
População recebe toque de recolher atribuído autoria a uma facção que atua na cidade por conta da morte de um dos componentes do grupo
A cidade de Catu amanheceu apreensiva com as ameaças enviadas divulgadas pelo whatsapp na noite de quinta-feira(10). Bairros como Bom Viver, Barão de Camaçari, Rua Nova e distritos como Paraíba, Pau Lavrado, amanheceram com estabelecimentos de portas fechadas. Nas escolas os poucos alunos que foram, precisaram voltar para casa porque não teve aula.
O centro comercial teve algumas lojas funcionando durante a manhã e início da tarde, mas com pouco movimento e a população ressabiada com as ameaças, os comerciantes acabaram fechando as portas.
O toque de recolher ocorreu após a morte do traficante Marcelo Batista, o “Marreno”, líder da facção Bonde do Maluco. Ele e Anselmo Nascimento Sena, que trabalhavam de motorista de Marreno, foram mortos em confronto com uma Força-Tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), na última quarta-feira (9) após ação em um trecho da rodovia Via Parafuso, no Litoral Norte baiano.
Segundo informações da 95ª companhia de polícia militar, às 17h um dos autores do áudio foi preso e já está detido na delegacia. Jorge Antônio Cidreira Mendes, mais conhecido como “Matura” ao ser preso chorava muito por conta da morte do companheiro de facção, mas também ameaçava os comerciantes que não cumpriu o toque de recolher.
A companhia de polícia militar pediu reforços e se preparou para a atuação da facção, que nos áudios ameaçaram revidar com armas quem descumprisse o toque de recolher, mas segundo informações recentes do Subcomandante da da 95ª, Capitão Juarez da Silva, o dia foi bem tranquilo, com uma única ocorrência não ligada ao fato. “Durante todo o final de semana o reforço que recebemos vai permanecer na cidade e a população não deve se preocupar, porque estamos organizados para qualquer tipo de retaliação, ” destacou o capitão.
Aos poucos os catuenses estão voltando a rotina, no Bairro da Aruanha, alguns estabelecimentos abriram para atender a demanda da população que precisava comprar alimentos para a janta e café da noite, e pouco a pouco a população vai se tranquilizando.