O Esporte catuense através da história inspiradora de Antonio Pena
Uma vida baseada em amor ao próximo e superação que marcou uma geração inteira pelo estilo de vida de um empresário desportista
Tudo começou na cidade de Catu. Um homem simples, que desde a juventude já buscava sua independência, empenhado em construir uma vida estabilizada, romper barreiras e desafios.
Antonio Pena, foi pioneiro no transporte de passageiros em Catu, transportava na época as pessoas em um caminhão junto com mercadorias. Posteriormente comprou um ônibus junto com sua mulher Maria Pena, e com o passar do tempo o serviço foi crescendo, e o mesmo veio comprar uma empresa na cidade de Alagoinhas, que unificou com a que já tinha na cidade de Catu, assim surgindo a Catuense Transportes.
A história de Pena, como assim é conhecido, começou em Catu como empresário, passou pela paixão ao esporte, e em seguida sua importante militância na política, que o levou a sair como candidato a prefeito da cidade de Catu-Ba na década de 60, onde não obteve êxito.
Nos anos 90, ao se candidatar novamente, foi prefeito a primeira vez, depois se afastou por não ter direito a reeleição, voltando ao executivo no ano de 2000.
A sua passagem pela prefeitura de Catu foi um marco, atualmente, os catuenses consideram a sua primeira gestão como a melhor já apresentada, colocando assim a Pena com o título de melhor prefeito da cidade.
Vários feitos marcaram a sua gestão, como: construção de estádio de futebol, rodoviária, hospital, centro de abastecimento, as principais escolas que tem na cidade de Catu, foram construídas no período da sua gestão inclusive o centro administrativo, onde funciona as secretarias da municipais que o mesmo implantou, conseguindo através de um contrato com a Petrobrás.
As suas contribuições para o desenvolvimento da cidade outrora petrolífera, não parou por aí, além da ligação com o transporte e a política Antonio Pena se fortaleceu muito por seu envolvimento esportivo, através da Associação Esportiva Catuense, devido ao seu amor pelo esporte, Pena criou o primeiro time empresa no Brasil, hoje com reconhecimento nacional e internacional.
Com uma condição financeira abastada, Pena nunca se esquecia dos mais carentes, tinha prazer em ajudar os que mais precisavam abrindo sempre as portas da sua casa para servir refeições aos necessitados, dividindo a mesa e sempre prestativo. E foi justamente por essa qualidade, que acabou sendo acometido de um acidente no ano de 2016, aonde sua vida foi interrompida aos 87 anos, indo dar um suporte de transporte ao time da divisão de base da catuense, na proximidade de Taquipe.
Familiares relatam que assim que Pena chegou ao local, ao avistar o ônibus que levava os jogadores da catuense, ele foi realizar uma manobra, e acabou colidindo com uma carreta. Pena ficou hospitalizado 15 dias em coma, vindo a óbito pouco tempo depois.
Veja matéria da filiada da Globo, Tv Subaé.
https://globoplay.globo.com/v/4798303/=
“Pra mim, uma referência como pessoa, Pena era uma alguém que considerava um ser humano maravilhoso, apesar de ter sido uma pessoa abastada de bens, muito dinheiro, era humilde, simples e que colocava as pessoas acima de tudo, ele era muito próximo do povo. Na casa dele você chegava, e era cerca de 20 à 30 pessoas por dia para fazer refeições, e não tinha seleção, poderia ser pobre ou rico, sentava-se a mesa da mesma forma; então isso é uma referência para mim. É o exemplo que arrasta como se diz, a mensagem de valorizar o ser humano acima de tudo, e por isso Antonio Pena foi um um grande homem, porque sempre estava procurando ficar próximo de todos, principalmente dos mais humildes.” Relata emocionado Roberto Guimarães de Freitas, conhecido ‘Beto’, ex-genro de Antonio Pena.
O atual prefeito da cidade de Catu, Geranilson Requião, que era amigo pessoal de Pena, fala sobre a influência que o mesmo deixou para sua vida: “ele chegou com sua garra e simpatia, que ele sempre teve, conseguiu conquistar todos os catuenses e dessa forma, construiu com suas relações pessoais um grande patrimônio. Mesmo assim, com esse mega patrimônio, ele nunca deixou seus amigos de lado, continuou sempre por perto e de forma especial, em todos os locais do mundo inteiro que ele chegava, sempre tinha orgulho de dizer que era um catuense.” Ressaltou.
Com uma história inspiradora seu neto, Roberto Pena, aos 26 anos, casado com Bianca de Jesus Pena, e pai do herdeiro Antonio Pena Neto, nome dado em homenagem ao próprio avô, segue os seus passos administrando o patrimônio deixado por Pena.
Atualmente presidente do time catuense, Betinho, como é assim conhecido, está afastado do seu cargo por conta do período eleitoral, já que é uma motivação para ele continuar fazendo o seu trabalho: “meu avo é um exemplo a ser seguido, eu tive muito convívio com ele, onde aprendi muita coisa, deixando fortes experiências, e um clube para eu tomar conta, então me sinto desafiado a deixar um legado parecido com o dele, não menos que isso”. Pontuou.
Betinho segue os passos do seu avô, além de ser presidente da catuense, lançou a sua pré-candidatura nesse pleito como vereador, onde pretende obter êxito para ‘brigar’ pelos interesses do povo catuense, investindo assim em esporte e educação: “planejo realizar um projeto para incentivar os jovens e adolescentes a terem mais oportunidades de vida através do esporte, para que tornem-se cidadãos que tenham um seguimento digno, se tornando um bom cidadão, que é compromissado com a construção de uma cidade melhor.” Conta Pena.
Como forma de homenagem a Antônio Pena, Betinho com a ajuda de suas irmãs, sua avó e a sua mãe, esta escrevendo um livro para registrar a história do seu avô: “são relatos recheados de dedicação, superação, e é importante que as pessoas venham ler e conhecer o grande homem que ele foi, e seus feitos que contribuíram para o desenvolvimento de cidadãos melhores, consequentemente, uma cidade cada vez melhor. Por enquanto, ficamos com a saudade e lembrança forte de amor incondicional que meu avô nos deixou.” Destacou.