O caricaturista que superou a depressão graças ao amor a arte
Após um acidente trágico levou Alberto Santos há uma mudança drástica na sua vida mas superou as dificuldades graças a arte que brotou em sua vida mesmo sem o movimento de um os braços.
A arte ao longo da história temos exemplos de vários artistas que superaram ínumeras dificuldades, tanto aconômicas, quanto sociais e principalmente físicas, para finalmente serem reconhecidos pela sua capacidade artística, a exemplo de Aleijadinho e um dos maiores nomes da literatura brasileira. Joaquim Maria Machado de Assis.
Em Catu, morando no bairro do Fleming, logo na entrada da cidade, vive Alberto Batista Santana de Jesus (48), mais conhecido como “Jovem”, uma figura icônica e querida na cidade pela sua simpatia e coração de ajudador, declara seu amor pela família que segundo ele, trouxe motivação para perseverar em meio aos obstáculos que sucederam após o acidente que o privou de parte dos seus movimentos.
“Jovem” no ano de 2003, foi vítima de um acidente que mudou a sua vida drásticamente, quando voltava para casa em uma moto após seu plantão, na BR sentido Araçás Pojuca, vinha um caminhão na pista contrária, logo atrás de uma caçamba. Alberto conta que o caminhão mostrou de intenção de vir para seu sentido, mas ele retornou para trás da caçamba, fazendo com que ele achasse que podia prossegui com a viagem tranquilamente, depois saiu com tudo para ultrapassar e era uma curva que acabou por arremesscá-lo longe na pista, fazendo com que perdesse os sentidos e ter várias escoriações.
” Tive fratura exposta do braço direito, fui resgatado por pessoas que passavam na hora na pista. O resultado do acidente foi lesão na perna e até hoje sofro de paralisia na perna esquerda, um edema na costela por conta do atendimento mal realizado de emergência, fiz varias cirurgias no braço para evtiar a aputação, e a cicatrização com isso foi muito demorada, pois perdi a parte dos músculos e nervos dos braços e ombros, cheguei a ter muitos desmaios pela instabilida provocada pelas lesões e por fim, veio a depressão por não aceitar a mudança de vida por conta das consequências do acidente, onde passei a viver de forma limitada e tive que aprender a fazer tudo com o braço esquerdo e me aposentei precocemente pelo INSS.” Relata Alberto.
Jovem destaca que sua esposa Rosemeire (49), segurou as pontas durante um bom tempo vendendo geladinho e hoje com o dinheiro do INSS ela pode cuidar melhor dele sem se desgastar tanto.
Na luta diária da vida, a filha Dominique Santana de Jesus, que hoje tem 21 anos mas na época era pequena, pedia muito sua ajuda nos exercícios de casa, e nos exércícios pedia ao pai para desenhar. ” Eu não sabia desenhar e ainda tinha a dificuldade com o movimento apenas do braço esquerdo.’ Conta ” Jovem ‘.
Jovem resolveu se desafiar e passou a exercitar traços nos desenhos, até que vendo a alegria da filha, os traços amadores foram se transformando em profissionais, e a caricatura surgiu em meio a isso, como uma terapia, diante das dificuldades até de alimentação, após a filha Dominique entrar numa nova escola e insistir no pedido para que o pai ensinasse a desenhar, Dominique se tornou a porta que o incentivou a desenhar também passa a ter ajuda do mesmo para desenvolver o desenho também. ” Pontilhando o contorno foi possível ajuda-lá a desenvolver a capacidade do desenho.”
Alberto, mais conhecido como jovem passou a fazer cada vez mais tanto desenhos de ambientes, como o modelo da churrasqueira de sua casa que será construida em breve, quanto nos rostos de familiares, amigos e personalidades da cidade de Catu-Ba. Querido e amado por muitos catuenses, o vídeo da chamada da matéria ganhou ampla notoriedade nas redes sociais, mostrando que mesmo após um fato trágico é possível renascer e ter novas descobertas de inspirações na vida.