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‘Não comprem ingresso de festa porque vai perder o dinheiro’, diz Rui sobre Réveillon

Governo já está monitorando, inclusive pelas redes sociais, organizações de eventos.

Com a chegada do final do ano, a possibilidade de festas e aglomerações aumenta, o que é perigoso em tempos de covid-19. O governador Rui Costa afirmou nesta quinta-feira (2) que o governo fará um “monitoramento rigoroso” até nas redes sociais para flagrar estabelecimentos que façam festas nesse período.

“Não será permitida nenhuma festa de final de ano em dezembro. Vamos fazer um monitoramento rigoroso inclusive em redes sociais para que qualquer estabelecimento que esteja fazendo festa seja fiscalizado e até interditado pela polícia se desrespeitar as regras e fazer festas no Réveillon. Isso não será permitido e a polícia atuará preventivamente”, alertou Rui, durante entrega de viaturas no cab.

O investimento do Governo do Estado na área da Segurança Pública resultou em um novo incremento na frota de viaturas da Polícia Civil. O governador Rui Costa entregou 60 veículos que serão utilizados pelos policiais civis distribuídos entre 39 municípios baianos. ( Foto: Fernando Vivas/GOVBA )

Ele disse que a “vida humana é mais importante que o faturamento da festa”. “É melhor ficar sem as festas do fim de ano do que ficar sem emprego, já que uma maior contaminação por causa disso pode ocorrer restrições no comércio e em estabelecimentos. Para os baianos, eu digo que não comprem ingresso de festa porque vai perder o dinheiro e a festa não vai acontecer”, diz.

O monitoramento já está sendo feito para tentar verificar a organização de possíveis festas. “Já estamos cientes de algumas festas anunciadas que serão monitoradas, notificadas e, se insistirem em fazer, interrompidas”, garantiu.

No final de novembro, Rui já tinha dito que as festas de fim de ano estavam proibidas no estado. “Não será permitida em nenhum município da Bahia festas públicas e privadas. E se for para a praia? Não temos condições de dispersar pessoas nas praias. Vamos fazer um campanha, vamos fazer um apelo para que as pessoas não ocupem as areias da praia no Ano Novo. Não vou jogar bomba de gás na areia de praia. Espero que a consciência das pessoas fale mais alto”, declarou Rui. “Festas por iniciativas privadas e poder público não serão permitidas. Se individualmente as pessoas vão aglomerar, o que vou fazer?”, disse, na ocasião.

Nova onda de casos
A Bahia ainda não vive uma segunda onda, mas o ritmo crescente de casos de covid-19 preocupa e o pior momento da pandemia pode está por vir, na avaliação do governador Rui Costa. “O volume ainda não nos permite afirmar que temos uma segunda onda, mas o ritmo nos permite afirmar que, daqui a uma ou duas semanas ou nos próximos dez dias, se continuar nesse ritmo, podemos viver não só a segunda onda como a maior onda de casos que a Bahia viveu desde o início da pandemia”, disse Rui, no mesmo evento.

Por conta desse momento de aumento nos casos, a volta as aulas voltou a ser descartada. “Nossa intenção era começar as aulas agora, mas por conta do crescimento da doença, nós tivemos que adiar esse retorno. Não dá pra pensar numa volta segura como queremos fazer desde o início com esse número tão grande de novos casos”, diz.

Apesar disso, o governador descarta nesse momento a volta de restrições ao transporte intermunicipal, como ocorreu no início da pandemia. “As medidas de restrição não devem acontecer no transporte, estamos em um momento diferente. Quando ocorreu, era com a intenção de impedir que a doença chegasse às cidades que estavam sem registro. Hoje, acredito que 100% das cidades têm casos. Então, essa atitude serviria apenas para trazer prejuízo econômico e dificultar a locomoção de quem necessita do transporte municipal”, considerou.

Ele falou em “restrição no convívio social” caso a situação piore, sem detalhar que medidas exatas poderiam ser tomadas. “O que pode ser feito, se a situação se agravar, é a restrição no convívio social no geral, que não está descartado porque não podemos permitir que o cenário se amplie de uma forma que não tenhamos leito para receber as pessoas contaminadas”.

Fonte: Correio da Bahia

Redação