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Não compre um Pet adote ou resgate um das ruas

Catuenses resgatam animais das ruas e incentivam a adoção dos pets

 

É comum encontrar em vários locais da cidade de Catu animais de rua, vitimas do abandono e do descaso de pessoas que visualizam cães e gatos como seres que não precisam de dignidade para sobrevivência. Deixá-los nas ruas é permitir que estes fiquem expostos a agressões, como também a doenças que podem afetar a saúde desses pets e do ser humano.

No Brasil há cerca de 132,4 milhões de pets. Desses, mais de 52 milhões são cães, e outros 22 milhões são gatos. Os cachorros são os favoritos. Segundo a Associação Brasileira da Indústria para Animais de Estimação, a Abinpet, 58% dos brasileiros possuem cães. Já os gatos conquistaram o segundo lugar do ranking, estando presentes nas residências de 28% dos brasileiros consultados. O Nordeste tem o maior número de gatos em situação de rua do país, com mais de 7.380 milhões.

 

 

Uma saída para este impasse, que é a super população de pets nas ruas é a adoção. Existem pessoas preferindo comprar animais filhotes de raça que adotar, pois alegam que o animal adulto de rua é mais perigoso e de difícil domesticação, embora isto possa ser refutado pelo depoimento de catuenses que decidiram dar uma chance para os pequenos Pets.

 

 

O funcionário público, artista plástico e decorador, Manuel Conceição Souza, conhecido por Marcial, não só abriu as portas para a adoção de Pets, como também adotou 20 bichanos: “os gatos foram colocados na minha porta, entendi que abandoná-los não era a saída, e depois, as pessoas poderiam maltratá-los. Dos 20 gatos, 4 eram de convivência, os demais abandonados, todos eles possuem uma particularidade e uma história específica.” Explica.

Marcial irá doar um gato para um novo voluntário e conta como se sente vendo pessoas abraçando esta causa: “fico feliz, pois a pessoa que irá adotar também gosta de animais, isso me deixa despreocupado em saber que está em boas mãos. Seria tão bom que todos compreendessem como é bom adotar um animal, um ser indefeso, que precisa de tanto amor, carinho e cuidado. E eles retribuem a altura esse bem, estabelecendo uma relação de extrema gratidão e fidelidade com quem o recebe. Inclusive os gatos. Digo porque os meus me seguem onde eu for, e são extremamente carinhosos.”

A aposentada Maria José Freitas dos Santos (84), mais conhecida como dona ‘Zeca’, possui alguns gatos em casa que se abrigaram por lá e  por questões de idade avançada não tem condições de cuidar, mas o amor latente em seus olhos a impede de abandoná-los. Ela busca alguém com o coração aberto para adotar estes pequenos que se multiplicaram: “veio aqui para casa uma gata, se instalou, não tive coragem de expulsá-la, cuidei, dei comida, vacina e hoje a mesma teve 6 filhotes, ficou puxado para eu cuidar de todos eles sozinha”. Comenta.

Em diversas cidades do país o movimento para uma consciência maior de guarda responsável dos animais é cada vez maior. Além de também abordar o cuidado com as colônias de pets que já vivem em situação de rua, com castração, alimentação e vacinação, evitando inclusive que novas surjam. O abandono de pets ainda é algo recorrente, mas gradativamente um novo comportamento tem sido inserido na vida de famílias em todo país.

Em Catu há muitos voluntários atuantes na causa animal, o trabalho é de ‘formiguinha’ como eles mesmos dizem, mas a intenção é que a cidade evolua e tenha ações cada vez mais intensas para proteção animal, não só no âmbito municipal, mas também com militância cidadã encorpada e unida em prol do bem-estar dos animais, culminando em ações com resultados muito mais eficazes para causa.

Para os que se interessarem em adotar algum bichano que está sob a guarda provisória de dona Zeca, basta entrar em contato com a redação do Catu Acontece pelas redes sociais oficiais da revista.

 

 

 

 

 

 

Donaire Verçosa

Dir. Jornalismo do Site Catu Acontece. Graduada e de família Catuense! Prezo pelo jornalismo imparcial.

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