Mutirão do glaucoma pretende atender cerca 2000 mil pessoas até amanhã
Na Ameca, onde está sendo realizado o mutirão nessa edição, a população tem comparecido ostensivamente e os atendimentos seguem até dia 15 tanto os novos quanto os que são revisão
O mutirão do glaucoma que começou no dia 12, segue até dia 15(sexta-feira) atendendo a população já em tratamento dos mutirões anteriores e também diagnosticando casos novos, com a meta de atendimento de cerca de duas mil pessoas ao longo dos quatro dias de atendimento.
O mutirão antes era realizado no ambulatório na cidade, dessa vez está sendo realizado na Ameca, devido a reforma pela qual o ambulatório está passando. Apesar da medida ter sido tomada por motivo de força maior, o plano é que os próximos atendimentos continuem sendo feitos na clínica, uma vez que, de acordo com Jovi Borges, coordenador do mutirão, é onde será implantado o instituto os olhos, local onde também serão realizadas cirurgias de catarata.
Jovi explica quais são os pacientes que estão no grupo vulnerável a ter a doença. “Nós temos alguns critérios para realizar o exame pela primeira vez, a idade, se for acima de 50 anos e abaixo disso, se tiver alguém com glaucoma na família, pois o diagnóstico precoce ou predisposição, impede o desenvolvimento e avanço da doença silenciosa. Também se alguém da família já ficou cego por motivo desconhecido, se tem diabetes, miopia avançada ou lesões oculares”, explica.
O glaucoma é uma doença perigosa, que pode levar a cegueira, e é muito comum entre pessoas que já possuem algum caso na família, como é o caso de Moisés Liger, 62, morador do bairro Barão de Camaçari que tem um tio e um primo com a doença e descobriu ser portador da mesma há três anos. “Não costumava ir muito no oftalmologista, agora tenho constantes idas por causa do glaucoma. Antes usava dois colírios por dia, agora uso um só”, explica Moíses.
Estavam presentes os pacientes que desfrutam do serviço há pouco tempo. Maria Margarida dos Santos, 71, moradora do bairro da Urbis, é um exemplo disso. É a terceira vez que comparece ao mutirão e descobriu a doença há apenas nove meses, mas confessa que também não costumava visitar com frequência o oftalmologista com a frequência que deveria.
No mutirão também estavam presentes pacientes que já fazem acompanhamento no há muito tempo, como é o caso de Raimunda Cavalcante, 51, moradora do bairro da Rua Nova, que possui a doença há mais de 10 anos e foi fazer uma revisão, ver se estava tudo bem, medir a pressão do olho, para evitar maiores problemas, além de pegar o colírio que usa todos os dias. “Antes eu fazia acompanhamento em clínica particular, mas agora não dá mais. Como já tenho a doença há algum tempo, hoje vim fazer revisão e pegar o colírio para continuar usando”.
O glaucoma refere-se a um grupo de doenças oculares que provocam danos irreparáveis no nervo óptico. Este, por sua vez, é o nervo que carrega as informações visuais recebidas pelo olho até o cérebro. O nervo ótico atingido e envolve a perda de células da retina, responsáveis por enviar os impulsos nervosos ao cérebro. A pressão intraocular (dentro do olho) elevada, é um fator de risco significativo para o desenvolvimento do glaucoma, mas não existe relação direta entre um determinado valor da pressão intraocular e o aparecimento da doença, ou seja, enquanto uma pessoa pode desenvolver dano no nervo com pressões relativamente baixas, outra pode ter pressão intraocular elevada durante anos sem apresentar lesões, por isso a importância de ir ao oftalmologista com regularidade, a cada três meses.
Os sintomas de glaucoma são dificilmente sentidos pelo paciente, a visão continua normal e não apresenta dor significativa. Os sintomas da patologia só aparecem no glaucoma agudo, quando o paciente sofre dores de cabeça fortíssimas, fotofobia (aversão à luz), muito enjoo, dor ocular (dor nos olhos) de modo intenso e o indivíduo sente que a visão vai ficando fraca gradativamente.
Secretaria de Saúde juntamente com a Prefeitura Municipal de Catu, além de oferecer os exames e consultas oferece o tratamento com distribuição de colírios a cada três meses. O mutirão segue até amanhã dia 15 de setembro, e o início do atendimento é às 8h com distribuição de senhas às 6h e 30min. Já pela tarde o atendimento começa às 13h, com distribuição de senha ao meio-dia (12h).