Mostra de artesanato encerra as atividades do Centro de Convivência do CRAS
Crianças e adolescentes mostraram toda a criatividade do trabalho desenvolvido durante o ano pelo Centro de Convivência do CRAS, em uma tarde em que a orientação social expôs os seus frutos
Música, dança, lanche e artesanato. Foi assim o encerramento anual das atividades do Centro de Convivência do CRAS que atende crianças e adolescentes em vulnerabilidade social da comunidade catuense.
A tarde de quarta-feira, 20, foi recheada de manifestações artísticas e diversão na mostra de Artesanato das crianças e adolescentes do Centro de Convivência. O serviço é ofertado pelo Centro de Referência de Assistência Social, CRAS, que trabalha com a intenção de fortalecer o vínculo familiar. As obras vendidas no evento foram confeccionadas pelas próprias crianças ao longo do ano e toda renda obtida será revertida para o benefício das mesmas.
O trabalho realizado pela equipe nos CRAS vai além da ajuda na confecção das obras, psicólogas e assistentes sociais acompanham as famílias das crianças e adolescentes, que estão em situação de risco social. “Essa ideia de fazer a exposição, a feira, foi deles e a prefeitura ofereceu todo material, mas nosso trabalho vai além da confecção, nós trabalhamos com orientação, com palestras”, conta Elisângela Araújo, orientadora do grupo de adolescentes do CRAS do Barão de Camaçari.
As atividades realizadas com as crianças e adolescentes fazem com que eles passem menos tempo nas ruas e dediquem mais horas do dia produzindo e sendo orientados. No CRAS do Barão de Camaçari, as atividades são realizadas as terças e quintas e, na Santa Rita, as segundas e quartas, sempre no turno oposto às atividades escolares. “Eles trabalharam durante o ano para apresentar esse trabalho. Durante esse período, há um carro que pega esses meninos na porta e depois os leva de volta para casa. Eles lancham e ficam lá por duas horas”, explica Jussara Campos, responsável pela secretaria de desenvolvimento assistência social.
Como o foco do trabalho é fortalecer os vínculos familiares das crianças e adolescentes que utilizam o centro de convivência do CRAS, a equipe quer melhorar ainda mais o serviço que oferece. “Queremos ter acesso a toda família, então, no início de janeiro, estaremos colocando um questionário de interesses e gostos, para a gente adequar o trabalho que estamos realizando às necessidades da comunidade, respeitando as questões culturais, econômicas e sociais. Queremos falar a linguagem deles”, explica Luadi Pinto, coordenadora do CRAS do Barão de Camaçari.
390 crianças de 6 a 12 e adolescentes de 13 a 17, dos bairros Santa Rita e Barão de Camaçari são atendidos nesses centros, que, ao todo contam com 2 coordenadores, 8 técnicos e 4 orientadores sociais. Os pais que desejam que seus filhos participem desse trabalho, devem levá-los para uma triagem no CRAS, onde é observado se as crianças atendem aos critérios para participar do programa. A equipe vai até a casa e, caso se encaixe no perfil, é inserido no projeto.
Reportagem Donaire Verçosa e Carla Sousa