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Morre, aos 68 anos, o jornalista e escritor baiano Jorge Ramos

Ele faleceu na tarde desta quinta-feira (4) após sofrer um infarto.

Faleceu na tarde desta quinta-feira (4), na capital baiana, aos 68 anos, o jornalista baiano Jorge Luiz Ramos. Segundo a família, ele sofreu um infarto enquanto se exercitava pela manhã. Ele foi socorrido para um hospital, mas não resistiu. O corpo será cremado no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.

“Jorginho”, como era conhecido, trabalhou em diversos jornais e emissoras de televisão da Bahia. O mestre da comunicação era formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), foi presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba) e atuou no jornal Diário de Notícias; nas TV’s Bandeirantes, Aratu, Bahia, Santa Cruz (Itabuna) e Educativa. Ele também foi professor na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Faculdade 2 de Julho. Também atuou em diversas secretarias estaduais e foi subsecretário de comunicação de Salvador.

“A história dele se confunde com a história da televisão baiana. Ele nasceu no ano que a TV chega na Bahia e acompanhou toda a evolução até os dias de hoje. Ele era um pai e um profissional exemplar, uma pessoa amorosa, equilibrada, adorado por todos que o conheciam. Um professor nato, que ajudou a formar várias gerações de jornalistas e ajudou a moldar o jornalismo baiano”, afirmou o filho de Jorginho, Diego Ramos.

Atualmente, Jorge era membro da mesa diretora da Associação Baiana de Imprensa (ABI) e atuava no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) como diretor da Biblioteca Ruy Barbosa. Ele também escreveu o livro “O Semeador de Orquestras – História de um Maestro Abolicionista” e organizou a Coleção Bicentenário do 2 de Julho, editada pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

O IGHB publicou nota de pesar na noite desta quinta-feira (4) lamentando o falecimento do jornalista. “Neste momento de dor prestamos sinceras condolências aos familiares (Aninha, Diego e Desireé), amigos e admiradores de uma das personalidades mais educadas e atenciosas que tivemos o prazer de conviver e desfrutar do seu conhecimento e amizade. A Diretoria do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia decretou luto de 03 (três) dias pelo falecimento de Jorge Ramos”.

A jornalista Donaire Lago Verçosa, diretora da Revista Catu Acontece, recebeu com pesar a notícia da morte de Jorge Ramos, por ter sido ele alguém de extrema importância para a sua formação profissional.” Jorginho me ensinou o “BA-A-BÁ” da profissão, trouxe desafios para minha carreira e me ajudou a encontrar meu caminho nessa árdua e nada justa jornada. Lembro dele “puxando minha a orelha” na redação da TVE, quando cometia um erro sério e também quebrando o clima de tensão com suas brincadeiras inusitadas. Gostava de me dar susto quando me via muito preocupada com a pauta e chamava atenção de todos na redação, porque eu me assustava e gritava com a surpresa. Em seguida o clima era outro e o trabalho da apuração ficava mais leve. Estará sempre presente em nossos corações e a ele tenho imensa gratidão.” Destaca.

Recentemente, o jornalista lidava com problemas cardíacos. Ele já havia sofrido outros infartos e vivia com uma ponte de safena. Ele também sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). Segundo a família, Jorginho mantinha uma rotina saudável, fazia exercícios como caminhada e hidroginástica para cuidar da saúde.

Jorge nasceu no dia 22 de abril de 1955 no município de Ipirá, no interior do estado. Ele passou a infância no distrito de Sambaíba, em Itapicuru e se mudou para a Cachoeira, no Recôncavo, ainda na adolescência. Na cidade, conheceu a sua esposa Ana Maria e em seguida se mudou para Salvador, onde fez carreira como professor e jornalista. Ele também deixa dois filhos.

O entrerro está previsto para às 14h, no cemitério Jardim da Saudade, em Salvador-BA.

***Com informações do Correio 24H e reedição de Donaire Verçosa.

Redação