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Ministro da Justiça descarta intervenção federal na Bahia diante da onda de violência

O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, rejeita a possibilidade de uma intervenção federal na Bahia para conter a onda de violência que assola o estado, que já contabiliza 46 mortes em confrontos policiais somente em setembro. De acordo com o líder da pasta, uma intervenção desse tipo só deve ser considerada quando o governo estadual não está agindo de forma eficaz.

“Não estamos cogitando isso por um motivo simples: o governo estadual está tomando medidas. A intervenção federal só é viável quando fica evidente que o governo estadual não está agindo de forma alguma”, afirmou.

Essa declaração foi feita no domingo (24), após uma cerimônia em que o Padre Júlio Lancellotti recebeu a medalha da Ordem do Mérito, no grau de Grã-Cruz, na cidade de São Paulo.

Flávio Dino destacou que as organizações criminosas ganharam força na Bahia nos últimos anos, aumentando seu acesso a armas. Nesse contexto, em agosto, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e a Polícia Federal assinaram um acordo para criar a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), que envolve os governos estadual e federal.

Após a formação da força integrada, operações conjuntas passaram a ser realizadas no estado. Uma delas, ocorrida em 15 de setembro em Salvador, resultou em cinco mortes, incluindo a do policial federal Lucas Caribé.

Após a morte do agente federal, veículos blindados e policiais vindos do Distrito Federal foram enviados para a Bahia. Apesar disso, o ministro enfatiza que essa situação não deve ser considerada uma intervenção federal.

“Estamos diante de um cenário muito desafiador. O que fizemos foi reforçar a presença da Polícia Federal, especialmente com o objetivo de promover a paz. No sentido amplo da palavra ‘intervenção’, sim, há uma presença maior. Essa presença está sendo ampliada, mas em colaboração com o governo estadual”, declarou.

***Com informações do Informe Baiano/
Foto: TOM COSTA / MJSP

Redação