Saúde

’Mal do século’: dores crônicas já atingem quase metade da população

Dores são comuns em 45,5% da população do Brasil, de acordo com estudo.

As pessoas têm se queixado cada vez mais de dores nas costas que duram mais de três meses. Segundo um estudo feito em 2021 por pesquisadores ligados à Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (Sbed) e a várias universidades e faculdades do país, as dores crônicas são constantes em 45,5% da população nacional. A Sbed apontava uma incidência de 39% em 2017.

Muitos casos podem ser decorrentes de doenças crônicas, como diabetes, e reumáticas, como a fibromialgia, mas não se restringem a elas. “Caiu por terra aquela crença de que só idosos sofrem de dores físicas constantes. A OMS, por exemplo, mostra que 80% da população mundial já teve ou terá dores na coluna”, diz o médico ortopedista Gilvan Landim, membro da Sociedade Brasileira dos Médicos Intervencionistas da Dor (Sobramid) e diretor do Instituto Landim, clínica da dor localizada em Salvador.

O fato de serem comuns, porém, não deve levar as pessoas a se conformar com essas dores, ressalta Gilvan. “Se o incômodo persistir após três meses, é sinal de que o corpo perdeu o controle do sistema de dor, então, esse incômodo deixa de ser sintoma de alguma doença e passa a configurar o problema em si”, afirma o especialista.

Isso tende a afetar tanto a vida pessoal quanto a profissional de quem sofre do problema. “Por causa da dor, o indivíduo se vê limitado na hora de fazer suas obrigações e menos disposto a participar de atividades de lazer, o que pode dificultar os relacionamentos interpessoais e até provocar isolamento social”, acrescenta ele.

Tratamento

A dor é um problema multifatorial, ou seja, passa não só por fatores biológicos, mas também psicológicos e sociais. Por tal motivo, é importante buscar um especialista no tema, que irá fazer o diagnóstico e recomendar o tratamento mais adequado a cada situação, seja esse conservador ou minimamente invasivo, como os bloqueios ou infiltrações.

“Há uma gama de possibilidades, e só um especialista saberá lidar com o paciente da melhor maneira possível, conforme o tipo de dor e a consequente reação ao tratamento indicado”, esclarece Gilvan. (Com infprmações do A Tarde)

Redação