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Mais de mil cidades no Brasil estão em situação de seca, revela estudo

Dados foram divulgados pelo Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)

Mais de mil cidades no Brasil vivem sob seca severa ou extrema. Além disso, os efeitos das mudanças climáticas ocasionam a falta de chuvas e faz com que mais da metade das cidades do país estejam em alerta. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (22) pelo Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão do governo federal que monitora o tema.

Ainda de acordo com Cemaden, 918 municípios do país estavam em seca severa até junho. Se unido ao 106 locais em seca extrema o total de cidades classificadas em julho é de 1.095. O quantitativo chama atenção, visto que no mesmo período no ano passado apenas 45 cidades do Brasil estavam nessas condições.

Entre as regiões que mais sofrem com as consequências da seca estão o  Amazonas, Acre, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, São Paulo e Tocantins. 

A seca na região Norte no ano passado desencadeou um efeito cascata, resultando em baixa umidade e espalhando a seca pelo país. De acordo com o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), 1.024 cidades estão classificadas sob seca extrema ou severa, o nível mais alto da escala

A estiagem está comprometendo o abastecimento de água, isolando regiões que dependem do transporte fluvial, causando prejuízos na agricultura e pecuária e tornando o ar difícil de respirar. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), este ano registrou o maior número de focos de incêndio na última década.

Esse número é quase 23 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando apenas 45 cidades estavam em situação semelhante. O monitoramento do Cemaden categoriza a seca em quatro níveis: extrema, severa, moderada e fraca, com mais de três mil cidades sob alguma dessas classificações.

Agora, o cenário pode mudar com a chegada da La Niña, que tem o efeito contrário do El Niño, e pode reforçar a formação de chuva e minimizar a estiagem pelo país. No entanto, ela deve começar em agosto e para que tenha impactos significativos precisa ser intensa.

Mesmo assim, a previsão indica que a chegada dele minimizaria a situação apenas em seis meses.

***Com infomações de O Hoje.com

 

Redação