Política

Lula Lá: Assim como ACM Neto, Paulo Souto atribui vitória de Wagner em 2006 a força do presidente

“Eu não vejo outra explicação para isso”, diz Souto que também destacou que Bahia não ganhou nada com transposição.

A força de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Bahia é reiteradamente levantada pela oposição que não consegue vencer as eleições no estado há 16 anos. Em entrevista ao Metropod, o ex-governador Paulo Souto afirma que a primeira vez em que a derrota foi atribuída ao crescimento eleitoral do presidente na Bahia foi em 2006 — quando perdeu no primeiro turno para o senador Jaques Wagner (PT). 

“Por tudo que aconteceu naquele momento e depois, pela primeira vez atribuímos isso muito ao crescimento da força eleitoral do presidente Lula aqui na Bahia. Eu não vejo outra explicação para isso”, diz Souto. 

De acordo com o ex-governador, não houve erro na campanha, apesar de atribuir também a derrota ao desgaste e 16 anos no poder. “Tem sempre aquela história: 16 anos de poder, uma oposição muito forte, às vezes violenta, aqui na Bahia”, afirma.

Sobre a Transposição

“A Bahia insistiu em fazer a transposição do São Francisco, que naturalmente tira a água do estado, mas resolve o problema de Ceará, Pernambuco, etc… e nós, como ficamos? Nem concluímos o projeto de irrigação”, diz Souto, que se opôs à transposição. 

“Eu fui contra. Agora que está concluída, é distribuir a água. Mas o que eu digo é o seguinte: e a Bahia, em troca, pediu o que? Ela não teve compensação nenhuma”, afirma o ex-governador. 

União Brasil em relação ao governo

Com três ministros no governo petista, o União Brasil afirma que ficará em uma posição de “independência” na gestão de Lula, segundo o ex-governador da Bahia e ex-senador Paulo Souto (União). 

“Tem um grupo de deputados que eu não acredito que vão fazer automaticamente base do governo. Agora, tem representantes do partido no governo”, diz Souto, que enfatiza ter uma opinião pessoal sobre o assunto.

“Do meu ponto de vista, [o partido] deveria não apenas ficar independente, como não ficar dentro do governo”, afirma. “Primeiro, todo país e todo governo precisa de oposição, e a história do partido é uma história com diferenças muito marcantes em relação às reivindicações do PT”.

Fonte: Metro 1


 

Redação