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Jovens estão com o coração mais frágil por causa de maus hábitos

Pesquisadores e médicos advertem sobre a necessidade de mudar os costumes do dia a dia para preservar a saúde e manter o colesterol nos níveis considerados adequados e ideais.

Jovens estão mais vulneráveis aos efeitos prejudiciais do colesterol elevado e da hipertensão, considerados dois dos principais fatores de risco cardiovascular. A conclusão é de um estudo conduzido pelo Centro Nacional de Investigações Cardiovasculares (CNIC), na Espanha. No artigo publicado, na revista Journal of the American College of Cardiology, os cientistas destacam a importância de se cuidar o mais cedo o possível.

A ideia é adotar medidas preventivas contra a aterosclerose, condição em que placas de gordura, colesterol e outras substâncias se acumulam nas paredes das artérias. Para a pesquisa, foram analisados 4 mil trabalhadores cuja idade média era 45 anos, todos locados no Banco Santander de Madri.

Pelos resultados, o controle rigoroso, desde jovem, pode interromper a progressão da aterosclerose, fornecendo insights para a prevenção cardiovascular. Segundo a pesquisa, aterosclerose, anteriormente considerada irreversível, pode regredir com o controle dos fatores de risco. O estudo, iniciado em 2009, reforça a necessidade de mudanças nas estratégias de prevenção primária, incluindo a vigilância precoce da condição.

Os pesquisadores Valentín Fuster, diretor-geral do CNIC, e Borja Ibañez, diretor científico do centro, à frente do estudo, ressaltam a necessidade de adotar abordagens personalizadas, utilizando tecnologia de imagem para monitorar a presença e progressão da condição silenciosa.

“Neste estudo, mostramos que aumentos moderados na pressão arterial e no colesterol têm um impacto muito mais pronunciado na progressão da aterosclerose em pessoas mais jovens”, afirmou em nota Ibañez.]

Prevenção

No comunicado, os cientistas informam que, por meio de abordagens individualizadas para monitorar a presença e progressão da aterosclerose silenciosa, é possível orientar a intensidade do controle dos fatores de risco.

Para Rosangeles Konrad, cardiologista e coordenadora da linha cardiológica do Hospital Anchieta, pertencente à Kora Saúde, o adoecimento cada vez mais cedo é gerado pelos maus hábitos.

“Os jovens estão mais suscetíveis as doenças cardiovasculares de forma precoce. Tem sido observado o aumento substancial de infarto em pacientes abaixo dos 40 anos no planeta. É a combinação de fatores riscos para aterosclerose numa combinação de estilo de vida e predisposição genética”, afirmou Konrad.

A especialista detalha que a alimentação desregrada é um grande contribuinte. “Dieta rica em gorduras e sal, falta de exercício, estresse e tabagismo, muito frequente nos pacientes mais jovens, tem ajudado no aumento do risco de aterosclerose”, completa (Isabella Almeida). ( Matéria do Correio Braziliense)

Redação