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Início da reabertura diminui pressão em Salvador, porém não é hora de relaxar

Passada a primeira semana da fase 1 do protocolo de reabertura das atividades econômicas em Salvador, o prefeito ACM Neto admitiu, em conversa com o Bahia Notícias, que a pressão sobre ele diminuiu. Não apenas de shoppings centers, grandes lojas e templos religiosos, mas de toda a sociedade, que começou a vislumbrar uma luz no fim do túnel em meio à pandemia do novo coronavírus. Porém o próprio ACM Neto reforça: “Não dá para relaxar”.

A capital baiana parece ter passado pela fase mais crítica da onda de contaminação pela Covid-19. A preocupação agora é o chamado efeito bumerangue, quando a doença se expande para pequenos centros e gera o retorno de pacientes infectados para internação em Salvador. Tal situação foi observada em alguns estados do Nordeste e mereceu atenção especial do Comitê Científico que orienta os governos da região. Ainda assim, o órgão consultivo tem sido colocado de lado por muitos gestores – entre a política e a ciência, um meio termo foi encontrado entre os nordestinos.

Ainda não precisei ir a um shopping e preferi não visitar um templo religioso. No entanto, os relatos que chegam apontam que a reabertura, por mais que as filas possam parecer absurdas, não gerou aglomerações preocupantes. Há um receio necessário – até imprescindível – para evitar que a cidade volte a fechar. Ao apostar na consciência da população, ao que parece, foi possível se surpreender com a cautela adotada por ela. Em meio a um cenário de notícias ruins, não deixa de ser uma boa nova.

Com a perspectiva atual, é possível que a segunda fase do protocolo da reabertura seja iniciada ainda na primeira quinzena de agosto. Bares, restaurantes, academias, barbearias e salões de beleza poderão, finalmente, voltar a funcionar, desde que cumpridas regras estabelecidas pela gestão municipal. Aos poucos, a cidade parece estar se aproximando do entendimento sobre o que é possível frente a um vírus cujas fronteiras não estão inteiramente conhecidas. 

Até a finalização da pesquisa para uma vacina contra o novo coronavírus, infelizmente fará parte da rotina vivermos sob a sombra de que uma nova onda de contaminação pode acontecer a qualquer momento. É um respeito com a doença, para evitar falar na palavra medo. Graças a uma boa gestão da crise, aparentemente o “novo normal” vai chegar de maneira paulatina. Um bom sinal.

Fonte: Bahia Notícias.