Fábricas da Bahia produzem máscaras para ajudar no combate ao coronavírus
Iniciativa é da Ford e de fábricas têxteis de Salvador
Por conta da alta procura por máscaras no mercado, a produção normal do equipamento não consegue suprir a demanda gerada pela pandemia do coronavírus. Diante desse cenário, fábricas que, a princípio, não produzem a proteção estão se debruçando na atividade para colaborar. É o caso da Ford, que anunciou a produção de 50.000 máscaras nas fábricas de Camaçari, na Bahia, e Pacheco, na Argentina,
Essas máscaras, fabricadas com lâmina de acetato e peças de suporte, serão distribuídas nos pontos de serviço por meio das Secretarias de Saúde e da Cruz Vermelha. Uma linha de montagem foi instalada nas fábricas e será operada, segundo a Ford, por voluntários, respeitando as regras de distanciamento social e com protocolos de proteção e processos de constante higienização pessoal e desinfecção do ambiente de trabalho.
“A família está em primeiro lugar nos valores da Ford. O desejo de ajudar e cuidar das pessoas é parte integrante da nossa tradição. Em momentos difíceis como este, nossas ações se tornam ainda mais importantes”, diz Lyle Watters, presidente da Ford América do Sul.
Na Bahia, quem também passou a produzir máscaras foram cinco fábricas têxteis soteropolitanas. Unidas, a Polo Salvador, Camisa da Latinha, Loygus, Nação Bahia e Expresso, formaram a Central das Máscaras. O objetivo é manter a mão de obra das fábricas durante a pandemia e colaborar com a sociedade através da produção do equipamento de proteção. São 250 pessoas trabalhando para confecção de cerca de 15 mil máscaras por dia.
Feito a partir de uma camada de microfibra hidrolisada e uma camada interna de TNT, o produto (não considerado médico-hospitalar) é sustentável, lavável e reutilizável, substituindo o uso aproximado de 60 máscaras descartáveis. “O uso médio diário é de três unidades para as pessoas que precisam ficar boa parte do tempo fora de casa, porque quando ela fica úmida, precisa trocar. A lavagem pode ser feita com água sanitária e a secagem é rápida”, garante Hari Hartmann, diretor da Polo Salvador.
Fonte: Jornal Correio.