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Ex-ator Guilherme de Pádua morre aos 53 anos

Informação foi transmitida pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha. Guilherme de Pádua sofreu um infarto na noite deste domingo (6/11).

O ex-ator Guilherme de Pádua, de 53 anos, morreu neste domingo (6/11) vítima de infarto em Belo Horizonte. A informação foi transmitida pelo pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, em vídeo de 22 minutos publicado em seu perfil no Instagram. Segundo o religioso, o óbito ocorreu pouco antes das 22h.

“Recebi o telefonema de uma irmã falando de um dos nossos pastores que acabou de falecer. Aquilo para mim foi um impacto muito grande, pois hoje, às 10h, eu estava dirigindo o culto, e ele estava no primeiro banco com a esposa, servindo ao Senhor, cantando, orando, louvando (…)”, disse.

Guilherme de Pádua interpretou o motorista Bira na novela De Corpo e Alma, da TV Globo, em 1992. Seu personagem fazia par romântico com Yasmin, vivida pela atriz Daniella Perez, filha da autora Glória Perez. No decorrer das gravações, Pádua assassinou Daniella com a ajuda da ex-mulher, Paula Nogueira Thomaz.

As investigações da época dão conta de que Guilherme teria ficado insatisfeito com a diminuição de seu papel na novela, enquanto Paula demonstrava ciúmes pelas cenas de Daniella com o ator.

Após armarem uma emboscada para a atriz em um posto de combustíveis, os assassinos a levaram para um matagal na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e desferiram pelo menos 20 golpes de punhal. O crime ocorrido em 29 de novembro de 1992 chocou todo o país.
“É um moço que a sociedade não compreende, porque ele praticou aquele crime tão terrível da Daniela Perez, foi preso, cumpriu a pena e se converteu. Era uma lagarta e virou borboleta. Dentro de casa, caiu e morreu. Morreu agorinha. Acabou de morrer”, lembrou Márcio Valadão.
Por ter matado Daniella Perez, Guilherme de Pádua foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão. Após cumprir um terço da pena, ele ganhou liberdade em 14 de outubro de 1999. Posteriormente, aderiu à Igreja Batista da Lagoinha, na qual tinha um trabalho social com ex-presidiários, segundo o pastor Márcio Valadão.
“Esse moço, Guilherme de Pádua, ficou tão conhecido. Era um artista de TV e fez aquela besteira anos atrás. Até hoje fica um estigma muito grande. Mas eu tive o privilégio de conviver com ele. Durante muitos anos, esteve conosco. Depois que saiu da prisão, cumpriu a pena, e hoje tem um trabalho de cuidar de ex-presos no ministério pastoral”.

Fonte: Estado de Minas

Redação