Saúde

Dormir mais no fim de semana pode reduzir em 20% risco de doenças cardíacas

Um novo estudo sugere que compensar o sono nos dias de folga pode reduzir riscos causados pela privação de sono durante a semana em até 20%.

A privação do sono é constantemente relacionada a prejuízos à saúde. Mas dormir sete horas por noite pode ser uma realidade distante para adultos que levam uma rotina agitada e cheia de compromisso

A boa notícia é que dormir até mais tarde nos finais de semana pode reduzir o risco de doenças cardíacas em até 20% em comparação com pessoas que dormem menos horas extras nesses dois dias. A descoberta feita por pesquisadores da China foi apresentada domingo (25/8), no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, realizado em Londres.

“Sono compensatório suficiente está ligado a um menor risco de doença cardíaca”, afirma o autor da cientista Yanjun Song, do Laboratório Estatal de Doenças Infecciosas, do Hospital Fuwai e do Centro Nacional de Doenças Cardiovasculares em Pequim.

O grupo de pesquisa de Song analisou dados de 90.903 indivíduos inscritos no projeto UK Biobank – um banco de dados do Reino Unido para pesquisas de saúde – para avaliar a relação entre sono compensado de fim de semana e doença cardíaca.

Um total de 19.816 participantes (21,8%) relataram dormir menos de sete horas por noite e foram definidos como “privados de sono”. Os demais voluntários disseram ter sono inadequado ocasionalmente mas, em média, suas horas diárias de sono não atenderam aos critérios de privação de sono.

Os mais de 90 mil participantes foram divididos em quatro grupos com base na quantidade de sono extra, ou “compensado”, que eles conseguiram recuperar durante o fim de semana. Os pesquisadores usaram registros hospitalares e informações de causa de morte para acompanhar o desenvolvimento de doenças cardíacas dos voluntários.

Após 14 anos, os dados mostraram que os participantes que compensaram o sono perdido no final de semana tiveram 19% menos probabilidade de desenvolver doenças cardíacas, em comparação com o grupo que dormiu menos sábado e domingo.

É importante destacar que o estudo tem várias limitações e que a associação feita não prova que o sono de recuperação de fim de semana leva necessariamente à melhora da saúde cardíaca ou que possa reverter os efeitos de uma grande dívida de sono acumulada na semana. (Matéria Metrópoles)

Redação