Esporte

Depois de comentário homofóbico, Maurício Souza se arrepende de desculpas: “Dei minha opinião”

Jogador de vôlei foi desligado de clube após repercussão de post preconceituoso.

Depois de ser demitido do Minas Tênis Clube, onde atuava, por um post homofóbico nas redes sociais, o jogador de volei da seleção brasielira, Maurício Souza se arrependeu do pedido de desculpas que publicou sem seu perfil. Em sua primeira entrevista após o caso, o jogador reafirmou que ‘não ofendeu ninguém’ e que ‘só deu sua opinião’, se referindo ao post com teor homofóbico sobre o novo Super-Homem, que é bissexual.

O jogador ainda disse que não queria ter feito o vídeo pedindo desculpas pelo post, mas que se retratou para não prejudicar a equipe. “Sei que eu errei em pedir desculpas, porque eu não estava errado, mas tinham coisas muito maiores por trás”.

Na conversa, com o jornalista Thiago Asmar, do canal Pilhado, o atleta chamou de “galera da lacrolância” (pessoas que ‘lacram’ na web), se referindo às pessoas que se sentiram ofendidas com a postagem, e afirmou ser um homem que “veio da roça” e que foi “criado assim”.

“Não ofendi ninguém no meu post. Eu dei minha opinião. Então, qualquer opinião que você dar na rede social pode ser homofobia, racismo… Essa atitude deles (internet) reforça ainda mais quem realmente é homofóbico, preconceituoso e racista. Porque isso fortalece eles, e eles destroem pessoas que não são”, disse Maurício.

O atleta ainda  ainda lamentou a onda de cancelamento na internet, e afirmou que respeita a comunidade LGBTQIA+.

“Já está implantado na sociedade esses cancelamentos. Eu acho que eu fui o estopim desses cancelamentos da internet. A partir de agora, isso vai ser inaceitável. Eles não pensam que a pessoa tem família, que sofre por isso. Além de fazer uma pessoa perder seu emprego, parar de fazer o que ama, por causa de pessoas que não têm pudor nenhum e que sentem o prazer de verem a outra pessoa prejudicada. Isso é muito injusto. Eu sei que eles (a comunidade LGBTQIA+) sofreram muito, foram muito injustiçados com o tempo, respeito a história, a bandeira, respeito cada indivíduo, mas fazer isso contra as pessoas de bem também não é justo. Essas atitudes têm que ser repensadas”.

Fonte: Metro 1

Foto: Miriam Jeske/COB
 

Redação