Cooperativa recebe equipamentos para melhorar a vida dos catadores
Aparelhagem ajuda a dignificar o trabalho de cooperados e cuida do meio ambiente
Na última semana a CooperCatu recebeu do Projeto Cataforte equipamentos que facilitarão o trabalho dos catadores catuenses. A cooperativa funciona através da Associação São Judas Tadeu, no bairro Bom Viver. As máquinas tratam-se de esteira, prensas e uma empilhadeira, que irão beneficiar, dignificando o trabalho de diversas famílias cujo sustento vem do recolhimento e venda de material reciclável.
A cooperativa catuense foi uma das poucas contempladas para receber os equipamentos, que chegaram ao município através do esforço da equipe técnica e dos catadores em parceria com o poder público municipal. A aparelhagem, além de beneficiar os cooperados, ajudará no recolhimento e separação correta e higiênica do material descartado e na preservação do meio ambiente, já que retira dos aterros materiais como vidro e plástico que demoram anos para se decompor.
Gicélia Matos, presidente e fundadora da Associação São Judas Tadeu e idealizadora da CooperCatu, foi uma das principais forças para o recebimento dos equipamentos. “A gente viu o reaproveitamento de materiais como uma forma de ser autossustentável, quando a gente começasse a conscientizar algumas pessoas para que trouxessem o seu material reciclável, adquirir recursos e com eles sustentar a entidade”, informa.
Segundo Luís Carlos Andrade, um dos consultores do projeto Cataforte, a Associação só possuía prensa menor do que as que chegaram, que são equipamentos básicos para compactar o grande volume de resíduos recolhidos. “Uma cooperativa de catadores precisa em primeiro lugar de uma prensa; um espaço coberto, para não estar exposto a chuva e a sol; além disso a esteira, que dinamiza e dá ergonomia ao trabalho, e a empilhadeira para conseguir transportar fardos de até 500kg até o caminhão e não com as pessoas se acabando ali para carregar”.
A Associação
A Associação São Judas Tadeu, que também é creche, nasceu em 1996, idealizada por Gicélia, a atual primeira dama Jocenita Requião, a professora Gracinha e outros colaboradores do bairro Bom Viver. Desde então tem realizado serviços que beneficiam moradores do bairro e de seu entorno.
Atualmente a Associação está com projeto em tramitação na Câmara de Vereadores, que visa a contratação da Cooperativa para desenvolver um plano piloto de coleta seletiva, com educação ambiental em dois bairros de Catu e a partir de sua efetividade, ampliar a ação.
O que é o Cataforte?
O projeto Cataforte – Negócios Sustentáveis em Redes Solidárias – é uma parceria entre a Secretaria Geral, Fundação Banco do Brasil, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério do Meio Ambiente, Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobras e Banco do Brasil.
Seu objetivo é possibilitar a inserção de cooperativas no mercado da reciclagem e a agregação de valor na cadeia de resíduos sólidos. Visa também estruturar redes de cooperativas e associações para que se tornem aptas a prestar serviço de coletas seletivas às prefeituras, transformando um problema ambiental em fonte de renda. Os trabalhadores entram no mercado de trabalho realizando a comercialização e o beneficiamento de produtos recicláveis.