Caso Suzi gera polêmica, e ‘Jornal Nacional’ pede desculpas pela Globo e exibe vídeo de Drauzio Varella se justificando
O apresentador William Bonner falou sobre polêmica envolvendo a transexual abraçada pelo médico em reportagem do ‘Fantástico’. Caso continua repercutindo negativamente nas redes sociais e em veículos de comunicação
A edição desta terça-feira, 10, do Jornal Nacional, da Rede Globo, exibiu o vídeo em que o médico Drauzio Varella pede desculpas à família do menino do ‘caso Suzy’. A detenta, personagem de uma reportagem do Fantástico que comoveu o Brasil no primeiro momento, foi condenada por estuprar e estrangular um garoto de 9 anos em 2010.
O apresentador William Bonner também pediu desculpas, em nome do Fantástico e de toda a emissora. “Apenas depois da exibição do quadro, o Fantástico tomou conhecimento da gravidade do crime e só nesta terça-feira a Globo se manifesta com mais clareza sobre o assunto porque respeitou protocolos de segurança, protocolos que autoridades públicas não seguiram”, afirmou o âncora no encerramento do jornal.
Os elogios que se seguiram nos primeiros dias à postura do médico deram lugar a uma enxurrada de críticas depois que a condenação de Suzi por homicídio de menor foi relevada. Documentos divulgados por um grupo de advogados revelaram que Suzi foi condenada por estuprar e estrangular uma criança em 2010 no bairro União de Vila Nova, na capital paulista.
Varella disse que desconhecia o crime cometido pela detenta porque realiza seu trabalho em penitenciárias na condição de médico. “Não há o que falar. É um crime que choca todos nós”, disse. Em seguida, pediu desculpas à família da vítima. “Posso imaginar a dor e peço desculpas para a família do menino que foi involuntariamente envolvida no caso.”
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O médico também comentou por que a matéria não informou o crime cometido por Suzi. “O foco era mostrar as condições em que vivem as transexuais presas. As estatísticas oficiais indicam que a imensa maioria delas está presa por roubo e furto. A maneira pela qual a Suzi foi apresentada deu a entender que ela fazia parte desse grupo majoritário. Por isso entendo a frustração de quem se decepcionou comigo”, afirmou.
Em relação ao abraço, o médico afirmou que é o seu “jeito”. E também que assumiria a responsabilidade pela repercussão negativa que o caso teve.
A secretaria da administração penitenciária confirmou que Suzi cumpre pena na penitenciária José Parada Neto, em Guarulhos (Grande SP), por homicídio triplamente qualificado e estupro de vulnerável.
Fonte: R7 / Estadão