Capacitação com os profissionais da saúde foi realizada em Catu para garantir que estejam prontos para lidar diretamente com pacientes com a “Raiva Humana”
Preparação foi realizada com os profissionais para que estes saibam lidar com os casos de suspeita de raiva em pacientes.
Profissionais do Hospital Municipal de Catu (HMC), sob a administração da Santa Casa de Misericórdia, participaram de uma capacitação sobre atendimento e profilaxia da raiva humana.
Ministrada pela enfermeira Lindacy Maurício, da Vigilância Epidemiológica do município, essa capacitação visa preparar a equipe para lidar com casos distintos dos pacientes que sofreram acidentes com animais mamíferos e expostos ao vírus da raiva. A iniciativa reforçou as medidas preventivas que os profissionais de saúde devem adotar em situações de acidentes com animais, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde.
A atualização realizada busca garantir que os profissionais da emergência estejam prontos para lidar diretamente com esses pacientes. A prevenção e o encaminhamento correto do tratamento no pronto atendimento são essenciais para a segurança de toda ppulação.
Segundo Lindacy Maurício: ” nós acreditamos na importância dessa formação para fortalecer a qualidade do atendimento em nosso hospital.”
O que é Raiva?
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.
Como é transmitida?
A raiva é transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.
O período de incubação é variável entre as espécies, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no ser humano, podendo ser mais curto em crianças. O período de incubação está relacionado à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura, lambedura ou tipo de contato com a saliva do animal infectado; da proximidade da porta de entrada com o cérebro e troncos nervosos; concentração de partículas virais inoculadas e cepa viral.
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre 5 e 7 dias após a apresentação dos sintomas.
Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente.
Quais são os sintomas?
Após o período de incubação, surgem os sinais e sintomas clínicos inespecíficos (pródromos) da raiva, que duram em média de 2 a 10 dias. Nesse período, o paciente apresenta:
- mal-estar geral;
- pequeno aumento de temperatura;
- anorexia;
- cefaleia;
- náuseas;
- dor de garganta;
- entorpecimento;
- irritabilidade;
- inquietude;
- sensação de angústia.
Podem ocorrer linfoadenopatia, hiperestesia e parestesia no trajeto de nervos periféricos, próximos ao local da mordedura, e alterações de comportamento.
Quais são as complicações?
A infecção da raiva progride, surgindo manifestações mais graves e complicadas, como:
- ansiedade e hiperexcitabilidade crescentes;
- febre;
- delírios;
- espasmos musculares involuntários, generalizados, e/ou convulsões.
Espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando sialorreia intensa (“hidrofobia”).
Os espasmos musculares evoluem para um quadro de paralisia, levando a alterações cardiorrespiratórias, retenção urinária e obstipação intestinal. Observa-se, ainda, a presença de disfagia, aerofobia, hiperacusia e fotofobia.(Fonte: Prefeitura do Paraná)