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Câncer de próstata mata 3 baianos por dia, apesar da queda do preconceito com exame

Bahia ainda não tem cirurgia com robô. Incidência da doença é maior entre negros

 

 

Quando se busca ajuda, é comum se pedir uma mãozinha. Mas nem precisa de uma mão inteira para conseguir auxílio na detecção do tipo de doença que mais mata os baianos: o câncer de próstata, responsável por três óbitos por dia no estado. Nesse caso, é necessário apenas um dedo e o mínimo instinto de sobrevivência para frear o avanço da neoplasia maligna no órgão reprodutor masculino, que vitimou 14,4% a mais num intervalo de sete anos e registra acréscimo de 8% no número de internações na Bahia, entre 2016 e 2017.

São tantas mortes que não dá pra contar nos dedos, como mostram os dados obtidos junto à Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Em todo o ano passado, 1.254 baianos perderam a guerra para a doença. Em 2018, até o último dia 5, já tinha sido contabilizados 895 óbitos, muitos dos casos certamente evitáveis, não fosse o tabu que envolve um simples exame que não dói e dura, no máximo, sete segundo: o toque retal.

Incidência é maior em homens negros
Por algum motivo que a ciência ainda não explica, a incidência do câncer de próstata entre homens negros é bem maior em comparação com as demais etnias. Segundo o urologista Nilo Jorge Leão, essa constatação requer maior atenção à doença na cidade. “A gente sabe que Salvador tem a maior população negra fora da África, e o câncer nesse grupo costuma ser mais agressivo. Ou seja, são cânceres que matam mais”, destaca o médico, que coordena o Núcleo de Uro-oncologia das Obras Sociais Irmã Dulce.

Saiba onde fazer o exame em Salvador

  • Hospital Santa Izabel – Realizou exames gratuitos no dia 8. Agora, atenderá pelo SUS apenas pacientes encaminhados pelos postos de saúde
  • Hospital Aristides Maltez –Não está fazendo campanha do Novembro Azul. Não faz exame de toque, apenas o PSA, de segunda a sexta, com entrega de fichas a partir das 6h30
  • Hospital São Rafael – Faz exame de toque + consulta, porém só particular ou plano, a partir de R$ 300
  • Clínica AMO – Só faz consulta, a partir de R$ 300
  • Postos de saúde –Além do Dia D de conscientização sobre a doença, a rede municipal de saúde oferta 15 mil atendimentos durante o mês, para oportunizar o acesso aos exames de ultrassonografias e consultas. Os interessados devem realizar a marcação dos procedimentos em um dos 128 postos de saúde da rede básica municipal.

 

 

 

 

Fonte: Correio da Bahia

Foto: Evandro Veiga

Redação