Câmara aprova atualização da Lei de Cotas após um ano de atraso
O texto original estabeleceu que uma revisão da ação afirmativa deveria ser feita 10 anos após a sanção, ou seja, em 2022.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) o projeto que atualiza a Lei de Cotas. O texto original estabeleceu que uma revisão da ação afirmativa deveria ser feita 10 anos após a sanção, ou seja, em 2022. Segundo o G1, o Congresso, contudo, resistiu a fazer a mudança em ano eleitoral, por receio de retrocessos nas medidas.
Com um ano de atraso e no mês em que a lei completa 11 em vigor, os deputados aprovaram a atualização do texto que prevê a inclusão de quilombolas na reserva de vagas; redução da renda per capita familiar máxima do candidato às cotas; políticas de inclusão em programas de pós-graduação de pretos, pardos, indígenas e quilombolas e pessoas com deficiência e avaliação do programa a cada 10 anos, com ciclos anuais de monitoramento.
Inicialmente, o parecer da relatora, deputada Dandara (PT-MG), previa a implementação das chamadas bancas de heteroidentificação para validar autodeclarações de candidatos. A proposta vai ao Senado.
Lei de Cotas
Sancionada em 2012, a lei garante que metade das vagas em institutos e universidades federais seja reservada para ex-alunos da rede pública de ensino. Também prevê outras duas subcotas: para estudantes de baixa renda; e para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência.