Até que ponto o uso dos aparelhos eletrônicos são prejudiciais para meu filho?

20 de julho de 2018 Redação

Uma pesquisa do IBGE destaca que é cada vez maior o uso de aparelhos como celulares, tabletes e computadores entre adolescentes e jovens, trazendo distúrbios comportamentais e influenciando negativamente no convívio familiar

É bem provável, que seu filho já tem, ou terá em breve, conhecimento com aparelhos eletrônicos, quer seja tabletes, celulares ou computadores. Esses dispositivos estão fazendo parte do dia a dia das crianças, de maneira cada mais precoce.

Na proporção que o público infantil descobre como utilizar essas ferramentas, passam cada vez mais tempo conectados nas telinhas, que por sua vez pode ter um efeito benéfico no que diz respeito ao entretenimento e o aprendizado, contando que essa inserção seja realizada sob a supervisão dos pais.

O período prolongado de exibição aos dispositivos eletrônicos pode ocasionar algumas alterações para o desenvolvimento e bem-estar físico e psicológico das crianças, entre estes estão o distúrbio do sono, dificuldade de concentração, obesidade, desinteresse pelo mundo real e ansiedade.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos cerca de 138,3 milhões de brasileiros de 10 anos ou mais de idade com celular, 78,9% possuíam acesso à Internet no aparelho. Já na Bahia, dos 9,2 milhões de pessoas que tinham celular, 74,6% utilizaram o aparelho para navegar na Internet, segundo dados de uma pesquisa de em 2016. Também de 1 em cada 3 crianças de 10 a 13 anos tinha celular, representando 32,6% ou 332 mil pessoas nesse grupo.

Nesse sentido os dispositivos eletrônicos, inicialmente restritos à sua finalidade básica de telefonia, com o decorrer do tempo, foram sendo desenvolvidos para agregar outras funções, ampliando as suas possibilidades de uso, como o acesso à Internet. E eles são populares mesmo entre a nova geração. Talvez, você se pergunte: Como posso orientar meu filho quanto a sua inserção no mundo digital?

De acordo com a psicóloga clínica Silvana Ferreira Menezes (CRP 03/11829), psicoterapeuta infanto-juvenil atuante em uma escola da região, destaque que é interessante, estipular alguns limites para essa garotada quanto ao uso da tecnologia. Crianças até os 2 anos, é importante evitar o uso destes aparelhos antes das refeições e ao dormir. Crianças de 2 aos 5 anos, fazer o uso dos dispositivos no máximo de 1 hora. E até os 6 anos de idade, proibir jogos violentos, evitar TV e/ou computadores no quarto.

Ainda nesse contexto, segundo Angela Maria Machado Alvares, psicóloga (CRP 03/IP16872), que realiza trabalhos grupais na cidade, bem como terapia de casais e atendimentos domiciliares, enfatiza que: “o ambiente familiar influencia e muito a formação da identidade de cada ser, os valores e ensinamentos são adquiridos no meio em que a criança está inserida. Sobretudo, os filhos utilizam os exemplos familiares como espelho. A pergunta é; qual exemplo de pais você tem sido para seus filhos? O seu filho tem tido atenção suficiente? Ou suas atividades seculares tomam todo o seu tempo que um aparelho eletrônico o tem substituído?

A Psicóloga Clínica, Jusicleia de Sousa Mauricio Reis (CRP-03/IP16875), que realiza atendimentos a crianças, adolescentes e adultos em uma clínica da região, assim como avaliação psicológica de diversas empresas, aborda também, que o uso dos celulares, tabletes, internet e várias outras tecnologias, servem como ferramenta de aprendizagem ou distração. Vai depender do objetivo de cada um, ou no caso de crianças e adolescentes, da supervisão dos pais ou responsáveis. “Não somos contra o uso da tecnologia, ao contrário, precisamos usá-la a nosso favor. Porém, o que alertamos, é que haja mais abraços em uma data de aniversário, por exemplo, do que uma curtida e um comentário nas redes sociais, ou seja, deixem a internet para aproximar quem está longe e não para afastar quem está por perto”. Pontua.