Assistente Social: Profissional de direito e de lutas
A profissão que une a luta pelas causas e direitos sociais com o amor por vidas e o serviço à comunidade
A assistência social encontra suporte legal na Carta Magna de 1988, mais precisamente prevista em seu art. 203 da CF: “a assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social”.
Já o Assistente Social realiza o enfrentamento diário das sequelas da “questão social”, materializando os direitos do cidadão, promovendo a coesão social. É no cotidiano que o assistente social atende individualmente, faz grupos, reuniões, planeja, emite relatórios e recomeça tudo no dia seguinte, visando o bem dos grupos sociais como um todo.
A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) regulamentou o art. 203 da CF, em seu art. 1º, define: “a assistência social, direito do cidadão e dever do estado, é política de seguridade social não contributiva, que prove os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas”.
Aquele que escolhe o serviço à comunidade como profissão, estabelece suas bases na especialização em construir projetos e políticas sociais, que visam melhorar a qualidade de vida de grupos em vulnerabilidade social. Quem escolhe essa profissão, opta por uma causa e pela luta pelos diretos sociais e uma sociedade justa e igualitária.
A matense Rita Verônica Teixeira dos Santos, 54 anos, escolheu pertencer ao grupo social que luta pelos direitos dos menos favorecidos. Filha de Adalberto Judice dos Santos, funcionário da ferrovia leste, e Argemira Teixeira dos Santos, dona-de-casa, sempre sonhou servir a comunidade em que tem forte lembrança na sua infância.
Natural de Mata de São João e apaixonada pela sua cidade, discorre que mergulha em uma viagem no tempo quando a memória mais forte da infância lhe vem à tona. As brincadeiras mais saudáveis que realizou, como piquenique na Cascata, zona rural da cidade matense, lembranças que a emociona e fortalece a certeza que fez a escolha certa: “trabalhar pelos cidadãos da cidade de Mata”. Enfatizou.
Rita ingressou no serviço público no dia primeiro de julho de 1986, no Funrural. Depois foi para o setor de protocolo, em seguida para secretaria de finanças, e posteriormente, para o RH. Passou 11 anos na licitação, e há dois, atua como assistente social na SECASO. Com 39 anos, já tinha dois filhos, Maria Clara( 20), e João Pedro(14). Aos aos 40 anos, resolveu aproveitar a oportunidade dos programas do governo federal, e cursou na UNIFACS Serviço Social. Não satisfeita, buscou a graduação na UNEB, em Licenciatura em Pedagogia, com previsão de término 2021.2.
Com 32 anos de serviços prestados ao município, destaca que o segredo para uma vida pública longa e vitoriosa, é dedicação, muita disciplina. “Ter amor pelo que faz, lidar com as dificuldades com bom humor, torna a rotina e os desafios mais leves”. Destaca.
Compromissada com as demandas da comunidade Rita também destaca: “Procuro auxiliar todos que precisam de orientação no social, da mesma forma que fazia em todos os setores que eu passei”. Pontua.
A militante das causas sociais, conta que sempre teve interesse pela área social, embora nunca tivesse experiência no ramo. Há 12 anos, a partir da chegada de João Gualberto, aproveitou o conselho do gestor para que os servidores buscassem se capacitar para estudar, e assim auxiliar no crescimento dos setores, para ampliação do nível de conhecimento em suas respectivas áreas. “Essas palavras reacenderam no meu íntimo o sonho adormecido de me tornar uma assistente social”, pontuou Rita.
A servidora destaca o carinho por Luciene Tavares, atual vice-prefeita de Mata, mais conhecida como Lulu Cardoso, que ao descobrir que ela estava formada em Assistência Social, resolveu, no ano de 2017, trazê-la para a Secaso, com o aval do prefeito Marcelo Oliveira. “ Minha gratidão aos meus gestores, que viram em mim o desejo de atuar no social, e me concederam uma oportunidade de mostrar o meu trabalho no setor, no qual me encontro até hoje.”
Sobre como ter uma carreira bem sucedida em uma instituição pública, a assistente social destaca: “compreendo que saber lidar com as relações interpessoais, é de suma importância para o desenvolvimento do profissional. Dificuldades, barreiras, diferenças pessoais teremos em qualquer empresa, seja pública ou privada, o importante é desempenhar o seu papel com amor e dedicação, que, com certeza na hora certa os frutos virão, e a paixão pelo que se faz fica latente para todos”. Finalizou.
Sobre o Assistente Social
O Dia do Assistente Social surgiu a partir da aprovação da Lei nº 3.252, de 27 de Agosto de 1957, através do Decreto Federal nº 994, de 15 de Maio de 1962, que regulamenta e oficializa a profissão no Brasil. O profissional do serviço Social é um especialista na luta por melhores condições de vida, saúde e trabalho para os grupos em situação de vulnerabilidade social. É um membro ativo das causas que envolvem os direitos humanos.