Argumento do Vereador Jair Bispo cai por terra, quando o assunto é sobre os feirantes
No final da tarde desta terça-feira (25), a sessão ordinária da Câmara Municipal de Mata de São João começou seguindo os ritos normais. Leitura da ata, aprovação, uma indicação aqui, outra ali, até que o vereador da bancada governista, Jair Bispo, buscou se sobressair com um argumento que na verdade, era uma tentativa de desmoralizar a Casa e fazer “moral” pelo Dia do Feirante, comemorado na referida data.
“Mais uma vez presidente, gostaria de reiterar a minha solicitação e da bancada, que se trata do requerimento 22 e 23, por gentileza senhor presidente coloque esses requerimentos em pauta, se trata do projeto de revitalização do centro de abastecimento com aprovação dos feirantes e da exposição das contas, das folhas de pagamento desta Casa, coloca esses requerimentos em votação”, cobrou o edil.
De posse de alguns documentos, Agnaldo de Lulu, logo respondeu: “Aproveitando que hoje é o Dia do Feirante, e o assunto que o nobre vereador Jair Bispo reivindica, quanto ao oficio que dispõe sobre a folha de pagamento desta Casa, tudo está no Portal da Transparência, mas vou providenciar pra lhe entregar, está tudo publicado no Diário Oficial, até porque não podemos fugir a essa regra, isso é Lei. Quanto à segunda reivindicação, que se trata do Projeto de Lei nº 10, um projeto que requer o empréstimo de R$ 10 milhões para requalificação do centro de abastecimento de nossa cidade, tem questões que a gente precisa esclarecer. Estamos aqui com documentos, inclusive públicos da prefeitura, a comunicação interna, o empenho e a liquidação do referido projeto”.
O presidente buscou mostrar que não é viável que a Câmara autorize a liberação de um recurso que, por erros do governo municipal, acabou retornando para a Caixa Econômica Federal, e o pior, ainda houve uma multa paga pela prefeitura por não ter cumprido os prazos e utilizado a verba.
“Tenho aqui ofício da prefeitura de Mata de São João do dia 23 de março de 2020, uma comunicação interna de nº 26/2020, solicitando ressarcimento do recurso não utilizado referente a operação de credito, cujo objeto era a construção do galpão industrial no valor de R$ 2, 5 mi (dois milhões e quinhentos mil reais), em conta vinculada na Caixa Econômica Federal, agência 2850. O prazo para prestação de contas da utilização desse recurso deveria ocorrer no dia 26 de fevereiro de 2020, porém imprevistos na elaboração do processo licitatório para essa construção, levaram a prefeitura a perder o prazo para operacionalizar este recurso. Pergunto ao vereador Jair, como é que esta Casa vai pautar um projeto, que foi devolvido R$ 2 milhões e meio e a prefeitura ainda arcou com quase R$ 50 mil reais pela não utilização do recurso e esse recurso Jair, era para gerar emprego? Quem precisa de emprego Jair, está passando por necessidade, passando fome, sem pagar suas contas e por malversação, por falta de planejamento e de execução não aconteceu, e vossa excelência quer que a Câmara libere esse recurso? É isso mesmo? Foi pra isso que vossa excelência foi legitimado pelo povo? É muito lamentável, isso aqui é documento público e antes da gente reivindicar a gente precisa fazer nosso papel de vereador”, desabafou o presidente.
O vereador governista ainda tentou argumentar, mas sem sucesso.