Saúde

Após mãe narrar jogo para filho cego e autista, temática da inclusão viraliza nas redes sociais

Imagem de mãe narrando o jogo para filho com deficiência viraliza e ela recebe o prêmio “Torcedor do Ano”, da Fifa. Em Catu também existem cerca de 500 autistas, e suas famílias abordam a importância da inclusão Social

Em tempos em que a inclusão social é defendida e debatida avidamente nas redes virtuais e sociais, uma imagem no meio da torcida chamou atenção de uma equipe de jornalismo que cobria um jogo. Era Silvia Grecco, narrando o jogo do Palmeiras, para o filho adotivo, Nickollas de 12 anos, que é deficiente visual e tem leve autismo. Palmeirense apaixonado, Nikolas conhece o futebol pela descrição da mãe, que narra os jogos do ‘verdão’ para o filho.

O carinho da mãe rendeu a entrega do troféu Torcedor do Ano, o Fifa Fan Award, na última, na última segunda-feira (23), no Teatro Alla Scala que reconhece gestos extraordinários de fãs de futebol no mundo todo, e dessa vez, ficou para o Brasil. O prêmio, e a festa foi em Milão, na Itália, e emocionou a plateia presente.

Nickollas nasceu prematuro, aos 5 meses e pesando 500 gramas, e foi adotado aos quatro meses.Devido a sua deficiência visual, o menino teve a adoção recusada por 12 famílias, antes de conhecer Silvia.

“Nickollas, aqui na frente tem uma plateia com muitas pessoas, jogadores, ídolos e brasileiros. Estamos representando nosso time, Palmeiras, e todos os torcedores do Brasil. Representamos todos os torcedores do mundo, e todos os que torcem pela pessoa com deficiência”. Destacou Silva Grecco, mãe do menino.

Sobre a Inclusão Social de Pessoas Autistas

Atraso na fala, dificuldade de comunicação, falta de interação social e de contato visual são características comuns do transtorno do espectro do autismo perceptíveis já nos primeiros anos de vida.

Segundo a OMS, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas.

Diagnóstico

O diagnóstico do autismo é essencialmente clínico, feito por meio da observação do comportamento e com a participação de psicólogos, psiquiatras e neurologistas. Há três características principais a serem observadas no comportamento que podem indicar o autismo, explica a professora aposentada do Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de Brasília, Izabel Raso Tafuri.

“Uma das características é o atraso significativo da fala e da capacidade de comunicação da criança, ou seja, de se fazer entender e transmitir uma mensagem com frases. Há também dificuldade de interação, o que leva a criança a se isolar, não conseguir brincar com as outras e se sentir excluída na sociedade. Outro traço são comportamento repetitivos, ritmados e obsessivos ou ritualísticos”. Destaca a especialista

Tratamento para autistas em Catu-Ba

Em Catu, que segundo dados fornecidos pela secretaria de saúde, há cerca de 500 autistas. Crianças e jovens diagnosticadas com autismo, tem subsididios através da rede pública, fornecidos pelo CEAM.

O Centro Especializado de Atendimento Multidisciplinar, foi criado para ajudar a superar as dificuldades que crianças e adolescentes passam durante o processo de ensino e aprendizagem escolar, sendo composto por profissionais que têm o seu trabalho exclusivamente voltado para aquelas crianças, jovens e adultos com dificuldades no processo de ensino-aprendizagem.

Segundo Ralf Borges, pai da criança Arthur Borges (5) , que possui grau moderado de autismo, as características de uma criança autistas são bem intensas e especiais, e se faz necessário possuir bastante amor e cuidado para acompanhar o desenvolvimento e crescimento da Criança.

Ainda segundo Ralf Borges, seu filho Arthur, Estuda na Creche Santa Rita e faz terapia no Braille no CEAM.

O CEAM reúne em um só espaço, as especialidades de Cinesioterapia, Fonoaudiólogo, Psicólogo, Psicopedagogo, Assistente Social, Fisioterapeuta. Equipada com toda aparelhagem e estrutura para prestar assistência à saúde do catuense.

Segundo Telma dos Reis, mãe da menina Bruna Santana(11), que possui grau 1 de autismo, e também é acompanhada pelo CEAM, os desafios são diários. “Desafios já tive muitos, pois quando Bruna era menor, se tornava mais agitada, e atualmente possui seus dias de estresse na escola, outros calmos, mas nós, amigos e familiares, tratamos ela como uma criança normal”. Relatou Telma dos Reis.

“Costumo a dizer que sou autista igual a ela, pois tento me adptar ao jeito dela não ela ao meu jeito, acrescentou Telma”.

Ainda segundo Telma dos Reis, a sua filha Bruna irá desfilar dia 06 de outubro, no desfile da primavera, realizado na quadra do Centro Esportivo , localizado na Aruanha. “Perguntei logo se Bruna poderia ir pois, pra seria muito bom pelo fato de poder demostrar que autistas são criança capazes de realizar ações, independentemente de limitações.

Para mais informações, você pode entrar em contato com o CEAM ,localizado no endereço abaxo:

Endereço: GEONISIO BARROSO s/n – Aruanha
Fone: (71)3641 7100