Saúde

Após cobrança da famílias de autistas da Bahia Governo compromete-se a construir Centros Especializados para os que possuem TEA

Um grupo de famílias de autistas catuenses marcaram presença com os seus filhos e fizeram côro clamando por soluções que assistam as crianças especiais.

O Transtorno de Espectro Autista (TEA) engloba diferentes condições marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico, todas relacionadas com dificuldade no relacionamento social. Estudos internacionais apontam que uma a cada 36 crianças possuem algum grau de TEA e neste cenário, o Governo do Estado convocará os 417 municípios a implantarem ou expandirem o atendimento, bem como construirá 15 novos Centros Especializados de Reabilitação (CER) que serão unidades matriciadoras. A boa notícia foi divulgada nesta segunda-feira (4), durante uma reunião com Associações de Mães de pacientes com TEA, na sede da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).

Na reunião que aconteceu hoje na Sesab, um grupo de pais de Catu estiveram presentes, solicitando a demanda dos autistas seja assistida por completo. Entenda a questão no link a seguir:

https://www.catuacontece.com.br/familias-de-autistas-de-catu-e-de-varias-cidades-da-bahia-participam-de-ato-na-sesab/

Segundo Cintia Esteves, mãe de menino autista em Catu-Ba:

” A Secretária e o governador Jerônimo Rodrigues, estão tentando derrubar a liminar que obriga o atendimento nesse momento, com esse contexto de criar os Centros. Mas o problema é que a construção desses espaços são há longos prazos e a proposta da liminar é que as crianças sejam atendidas logo, tanto em espaços públicos (readaptados) e através de convênios com clínicas particulares.” Destaca.

Atualmente a Sesab possui três unidades matriciadoras, ou seja, oferta qualificação com características de educação continuada para profissionais da rede pública de saúde, a fim de que possam atender pacientes com diagnóstico de TEA em seus territórios de origem. Atualmente o Centro de Referência Estadual para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (CRE-TEA), o Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação da Pessoa com Deficiência (Cepred) e o Centro Especializado em Reabilitação das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid) funcionam como centros de treinamento e assistenciais.

De acordo com a diretora da Gestão do Cuidado da Sesab, Liliane Mascarenhas, “pessoas com TEA apresentam necessidades básicas e devem ser acolhidas, de preferência, inicialmente nas Unidades Básicas de Saúde e ambulatórios especializados. Em caso de necessidades específicas, devem ser encaminhados para os CERs”, explica a diretora.

Grupo de pais de autistas de Catu-Ba

Tipos de Autismo
De acordo com o quadro clínico, o TEA pode ser classificado em:

Autismo clássico – O grau de comprometimento pode variar muito. De maneira geral, os indivíduos são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente e conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação. Embora possam entender enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e aprendem apenas o sentido literal das palavras. Não compreendem metáforas nem o duplo sentido. Nas formas mais graves, demonstram ausência completa de qualquer contato interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante.

Autismo de alto desempenho (também chamado de síndrome de Asperger) – Os portadores apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes, que chegam a ser confundidos com gênios porque são imbatíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem levar vida próxima à normal.

Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE) – Os indivíduos são considerados dentro do espectro do autismo (dificuldade de comunicação e de interação social), mas os sintomas não são suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas do transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil.

Redação