Mais um vexame! Já deu, tchau, Mancini!
O trinfo no meio de semana só serviu para protelar a decisão que a diretoria do Vitória já deveria ter tomado desde a goleada sofrida no clássico contra o Bahia. Mais um vexame, mais uma goleada. Os números não favoreciam em nada Mancini. Encerrou mais uma passagem pelo Vitória, dessa vez necessária.
A temporada evidenciava o fracasso do time ao longo do ano e como Mancini não tinha mais opções e argumentos para tentar continuar a frente do comando do Vitória. Ainda acredito que tudo começou no Campeonato Baiano e com todo aquele trambique no primeiro Bavi do ano. Pedir para os jogadores encerrar a partida custou caro e tirou toda a paz de Mancini para o resto do ano.
Ele sabe que sua carreira não ficaria do mesmo jeito depois daquele episódio. E de nada adiantou. Perdeu para o maior rival o campeonato estadual. Sem nem ao menos assustar.
Veio a Copa do Nordeste e a chance de um importante título para tentar espantar os anos anteriores e apagar o fiasco no Baianão. E mais um erro crucial do Mancini. Quem numa fase mata-mata montaria um time quase reserva? Pois foi o que ele fez. Menosprezou o Sampaio Corrêa e viu a principal competição do primeiro semestre ir para o brejo.
Lá se foram as duas competições do primeiro semestre, e Mancini seguia no comando.
Veio o Brasileirão e nada mudou. Cada vez mais perdido, Mancini não sabia mais o que fazer para melhorar o time rubro-negro. Instável dentro e fora do campo, com as pressões em cima do presidente do clube, o Vitória não tinha uma sequência que pudesse trazer alguma paz para a Toca.
O Vitória tem a pior defesa do Campeonato Brasileiro. Mesmo fora da zona do rebaixamento, já foram 31 gols sofridos. O lanterna Ceará levou 19 gols. As derrotas não eram nos detalhes. Eram, em sua maioria, vexatórias. Muitas goleadas e uma verdadeira demonstração do que era um time limitado, ruim e sem comando técnico.
Para Mancini, nada muda, segue sua vida normal. Vai receber a multa que o mantinha como técnico do Vitória. Ao rubro-negro, o difícil é achar um técnico que mude o espírito do time. Muito difícil projetar alguma coisa para o resto do ano. É torcer para se manter na série A. O primeiro passo foi dado, mesmo que tardio com a demissão do perdido Vagner Mancini. Alguns nomes estão cotados e livres no mercado. Luxemburgo, Abel Braga, Jair Ventura e Carpegiani seriam algumas opções. Sorte ao rubro-negro.