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Cliente acusada de racismo por funcionárias de pet shop em Salvador não era juíza mas enfermeira da Mater Day que a afastou assim que soube do caso; veja vídeo

Uma mulher foi acusada de racismo em uma unidade da loja Petz, localizada no bairro do Imbui, em Salvador, neste sábado (4). Uma testemunha que acompanhou a confusão flagrou o momento em que a suspeita chamou a gerente da loja de “petista, baixa e preta”.

Segundo uma das funcionárias, a situação começou após a cliente pedir um vermífugo para o gato de estimação. Durante o atendimento, ela teria se exaltado, pedindo o nome da funcionária de forma ríspida, afirmando que era juíza.

Após uma segunda atendente não informar o nome da colega de trabalho, a suspeita chamou a gerente e passou a fazer comentários racistas. “Eu poderia dar ordem de prisão. Eu estou exaltada pela forma como sua funcionária [me atendeu]. E você, como gerente, deveria estar me tratando assim. Você mudou a narrativa, como gente petista, baixa e preta”, disse.

DESENROLAR DO CASO

Após a repercussão da cena de racismo gravada por clientes por parte de uma enfermeira, e não juiza como se disse ao ser gravada, é enfermeira no hospital Master Day, na loja Petz, da Avenida Paralela, a rede onde a mulher trabalha se pronunciou anunciando o afastamento da profissional e reforçou que será instalada uma sindicância para investigar o caso.

A mulher, que mentiu e se identificou como juíza, foi até a loja para comprar vermífugo para gato. Durante o atendimento, ela se irritou com algumas perguntas feitas pela atendente sobre o animal.

“Eu poderia dar ordem de prisão. Eu estou exaltada pela forma como sua funcionária (me atendeu). E você, como gerente, deveria me tratar assim. Você mudou a narrativa, como gente petista, baixa e preta”, afirmou a cliente, direcionando as acusações à gerente do estabelecimento.

No comunicado, a Rede também disse que “repudia veementemente qualquer ato de discriminação, racismo, etarismo, homofobia, bullying ou qualquer forma de preconceito que viole os direitos humanos e desrespeite as diferenças.”

Confira a nota na íntegra:

“A Rede Mater Dei tomou conhecimento, através de vídeos veiculados em mídia social, de um episódio envolvendo uma de suas colaboradoras, e funcionários de um estabelecimento comercial.

A Rede Mater Dei não compactua e repudia veementemente qualquer ato de discriminação, racismo, etarismo, homofobia, bullying ou qualquer forma de preconceito que viole os direitos humanos e desrespeite as diferenças.

Ao longo de sua história, a Rede MaterDei de Saúde sempre manteve e continuará a manter uma postura firme e inegociável contra todas as formas de discriminação e preconceito. O episódio ocorreu fora das instalações do hospital, ainda assim será instaurada uma sindicância interna para apuração dos fatos e definição das medidas a serem tomadas. De imediato, enquanto a sindicância acontece, e até a definição final, a colaboradora em questão estará afastada das suas funções.

A Rede MaterDei de Saúde reafirma o seu compromisso com a igualdade, o respeito e a promoção de uma sociedade inclusiva.”