Aperto no Orçamento: Aumenta o Endividamento nos Lares Brasileiros

A educação financeira é uma saída para as famílias endividadas. De acordo com o especialista da Comportamento & Finanças, a forma de lidar com o dinheiro é cultural. Veja matéria!

Por Samara Marques

Um estudo revelou que desde março de 2024, é crescente o número de famílias brasileiras que não estão conseguindo pagar as dívidas. No mês, 78,1% delas têm contas a vencer o que representa um aumento de 0,2 ponto percentual em relação a fevereiro. Se feita a comparação com o mês de março do ano passado, o índice ficou 0,2 ponto percentual abaixo.

Os dados levantados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), é realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Os números mostram ainda que as famílias de baixa renda com até 3 salários-mínimos correspondem a 79,7% o que acende o sinal vermelho quando o assunto é finança.

As contas em atraso refletem a realidade de muitos lares no país e por isso a dívida é um assunto constante na empresa Comportamento & Finanças, que atende uma alta demanda de pessoas que estão em uma situação delicada no orçamento doméstico familiar, devido as facilidades para adquirir e fazer uso do cartão de crédito. De acordo com a empresa, a utilização desenfreada do chamado “dinheiro de plástico” ajuda a somar nas despesas, quando o cartão é aplicado como se fosse um complemento de renda.

“Quando usado errado, a pessoa acaba tendo que pagar aquela dívida no mês seguinte, e faz o que chamamos de rolagem de contas. Às vezes até tendo que recorrer ao cheque especial, onde a taxa de juros é alta, em média 8%* ao mês. O problema é quando uma família deixa as contas para depois porque nesse orçamento doméstico vai entrar a mesma receita as mesmas despesas serão repetidas”. Explica o especialista em finanças, Eduardo Almeida.

Dentro desse ciclo econômico vicioso o especialista também alerta:

“Quando se tem o dinheiro é comum pagar à vista. E quando não tem, usa o cartão de crédito. Porém, a fatura tende a aumentar porque, geralmente existem compras. É uma espécie de crédito automático que precisa ser pago mensalmente, pressionando o orçamento”.

A educação financeira é uma saída para as famílias endividadas. De acordo com o especialista da Comportamento & Finanças, a forma de lidar com o dinheiro é cultural. Uma vez que o aprendizado vem na prática, entre erros e acertos, é comum o brasileiro fazer a antecipação dos seus sonhos adquirindo um financiamento com juros, muitas vezes elevado e sem o devido planejamento.

“O melhor caminho para conquistar algum bem é juntar dinheiro, como em uma aplicação que vai gerar juros. O imediatismo sem o monetário é o problema porque gera o crédito e surgem as parcelas que vão impactar no orçamento como nas contas mensais. Essa compra dividida normalmente sai cara. Como por exemplo um carro que o valor pode sair 3x mais alto por causa dos juros”.

De acordo com a pesquisa da Peic no Brasil o número de famílias com contas a vencer aumentou passando de 77,9% em fevereiro para 78,1% em março deste ano. Para o especialista em finanças, tem sempre uma luz no fim do túnel quando um membro familiar começa a dar um passo fundamental para administração das contas.

“Não importa qual seja o grau de endividamento, tem sempre uma saída. É importante estar disposto para ver os caminhos estratégicos. Abrir mão de alguns desejos, é parte do ajuste necessário. Se não mudar os hábitos financeiros – independentemente do valor do salário recebido – os resultados serão os mesmos. Buscar auxílio com um especialista, é parte desse processo, porque esse profissional vai avaliar a situação para que aquela família venha conquistar seu sonho. E assim as etapas serão conquistadas até obter um resultado financeiros organizado e positivo”. Afirma Eduardo Almeida fundador da Comportamento & Finanças que presta serviços de consultoria para todo o país com foco em pessoas físicas, jurídicas e recentemente em famílias que buscam soluções. Sua equipe com dicas e informações está disposta nas redes sociais como no Instagram @eduardojsalmeida, no Youtube “Comportamento e Finanças” e ainda o site www.comportamentoefinancas.com.br

Fontes: PEIC e Agência Brasil