Saúde

Coronavac é 59% efetiva contra hospitalizações na faixa etária de 6 a 17 anos

Um estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado na revista Nature Communications no último sábado (13), mostrou que a CoronaVac foi capaz de proteger crianças e adolescentes de 6 a 17 anos contra casos graves de Covid-19 durante o surto da variante ômicron. A efetividade estimada foi de 59,2% contra hospitalizações por Covid-19. 

Os cientistas analisaram dados de quase 200 mil crianças, imunizadas entre janeiro e abril de 2022, após aprovação da vacina do Butantan pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os dados foram obtidos do e-SUS Notifica, sistema nacional de vigilância para RT-PCR e testes de antígeno para infecção por Covid-19, do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) e do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). 

“Esses achados estão de acordo com estudos anteriores em adultos e adolescentes que mostraram uma redução significativa de efetividade contra ômicron em comparação com as demais variantes”, afirmam os autores.

Segundo a Fiocruz, resultados semelhantes foram observados no Chile, que aplica a vacina no público infantil desde dezembro do ano passado. A efetividade do imunizante foi avaliada em 500 mil crianças de 3 a 5 anos, também durante o período da ômicron. A Coronavac protegeu 69% contra internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 64,6% contra hospitalização.

Dados de farmacovigilância chilenos também mostraram que a CoronaVac foi o imunizante mais seguro para as crianças e teve a menor taxa de eventos adversos registrada, correspondendo a 0,01% do total de doses administradas. 

Em conjunto com uma série de estudos, essas evidências serviram de base para a recente ampliação do uso da vacina para a faixa etária de 3 a 5 anos, aprovada pela Anvisa em julho deste ano. Outros países como China, Colômbia, Tailândia, Camboja, Equador e o território autônomo de Hong Kong já aplicam o imunizante nessa população.

(Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF)

Redação