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Bahia empata com Ceará na Fonte Nova e perde chance de se distanciar do Z-4

O gostinho de soltar um “Bora Bahia Minha P…a” e comemorar após o apito final ficou engasgado na garganta da nação tricolor no empate por 1 a 1, na quarta-feira, 27, na Fonte Nova. Mas nem por isso o torcedor presente no estádio deixou de aplaudir a atuação do time ao final da partida. E o reconhecimento foi merecido.

O que a torcida viu em campo foi um Bahia com cara Bahia, e com o toque de Guto Ferreira. Entrega total, jogadores brigando por todas as bolas, por todos os espaços, acreditando em todas as jogadas, um time com uma energia contagiante.
Porém, isso não foi suficiente para o Bahia sair vencedor da partida atrasada da 23ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols saíram no segundo tempo. Mendoza fez valer a lei do ex e abriu o placar. O Esquadrão conseguiu o empate com um golaço de Gilberto.
A pintura do camisa 9 foi digna dos feitos alcançados nesta quarta. Com o tento de marcado, chegou aos mesmos 80 gols de Bobô com a camisa tricolor e agora divide a 17ª colocação entre os maiores artilheiros da história do clube; empatou com Edigar Junio, com quem divide agora o status de maior goleador da Arena Fonte Nova com 27 bolas na rede; além de ter chegado a 12 gols na Série A e se tornar o artilheiro isolado da competição.
Com o empate, o Esquadadrão chegou aos 32 pontos e se manteve na 15ª colocação. Já o Vovô é o 14º, com 33.
O Bahia já volta a campo no sábado, quando terá mais um confronto direto. Desta vez, o adversário será o Juventude, que está na 16ª colocação, com 29 pontos conquistados. A partida acontecerá às 19 horas, no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. Na ocasião, Guto Ferreira não poderá contar com os laterais Matheus Bahia e Nino Paraíba, suspensos. Enquanto o Ceará recebe o Fluminense no domingo.
Correria total!
A partida entre Bahia e Ceará começou eletrizante, em ritmo acelerado, como se alguém tivesse deixado o WhatsApp no 2x. E motivos para tamanha vontade, entrega e tensão não faltaram. Além de ser um clássico do futebol nordestino, os time foram finalistas da Copa do Nordeste, da qual o Tricolor saiu campeão, sem falar na pancadaria no Castelão.
Empurrado pela torcida, o Bahia foi pra cima desde o primeiro minuto. Com rápidas triangulações, o primeiro lance de perigo ocorreu logo aos 9. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou na segunda trave. Gilberto testou forte, pra fora.
Com uma marcação sob pressão, o Tricolor, quando não estava com a bola indo em busca do gol, estava mordendo, apertando o adversário para recuperar a redonda.
Aos 24 minutos, após roubar a bola e partir em velocidade, Nino Paraíba arriscou da entrada da área e acertou a trave de João Ricardo. Capixaba também tentou surpreender em chute de fora.
Mas foi em cobrança de falta que Capixaba levantou a torcida na Fonte Nova. Na quinda direita da área, o lateral bateu colocado, por cima da barreira, e exigiu linda defesa do goleiro João Ricardo.
O jogo seguiu acelerado até o final, mas o gol não saiu para nenhum lado.
Bola na rede
Depois de ser amassado contra a parede durante a maior parte do primeiro tempo, o Ceará voltou do intervalo mais insinuante, mais ousado.
O Vovô adiantou a marcação e começou a tentar forçar erros da defesa tricolor. E aos 8 minutos conseguiu. Bruno Pacheco avançou com o ataque pela lateral, tocou em Mendoza. O atacante tabelou com Vina. Jael recebeu e deixou o Speed livre para abrir o placar.
Mas o Tricolor reagiu imediatamente e em grande estilo. Aos 11 minutos, Gilberto conduziu a bola na entrada da área e soltou uma bomba. A bola morreu no ângulo. Um golaço do camisa 9 e tudo igual na Arena Fonte Nova.
Depois o jogo ficou meio truncado e os dois técnicos mexeram bastante. E umas das mudanças que mais chamou a atenção foi no Bahia. Lucas Araújo voltou do intervalo no lugar de Jonas. Mas o volante entrou perdidão, levou um amarelo e foi substituído.
Com o jogo fluindo um pouco mais, quem teve chance de passar na frente foi o Ceará. Mas Cléber parou na boa defesa de Danilo Fernandes.
E o atacante alvinegro foi expulso pouco tempo depois. Recebeu um amarelo aos 36 e outro aos 37 e foi pro chuveiro mais cedo. Depois daí o Bahia foi para a pressão total, mas não conseguiu virar o jogo.

Fonte: A tarde

foto: Uendel Galter

Redação