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Morre, aos 83 anos, Cesare La Rocca, fundador do projeto Axé

Projeto Axé foi responsável por atender mais de 30 mil crianças em situação de vulnerabilidade na Bahia. Ele também ajudou na elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Morreu, nesta quarta-feira (15/9), aos 83 anos, o italiano Cesare La Rocca, fundador do projeto Axé, que atende crianças em situação de vulnerabilidade na Bahia. Ele também ajudou na elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O corpo dele será cremado sem cerimônia. As cinzas permanecerão na Itália e na Bahia. Uma missão também será celebrada. 

De acordo com a ONG, La Rocca estava internado no Hospital Santo Antônio, das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador. A causa da morte não foi revelada.

O advogado e educador vivia no Brasil desde a década de 1960 e há mais de 30 anos morava na capital baiana, onde criou o projeto Axé. A ONG foi responsável por dar o acesso a atividades culturais a mais de 30 mil crianças. “Entre nós possibilitou o acolhimento de 30 mil meninos e meninas, destinando sua vida à promoção da cidadania, garantia e proteção dos direitos das crianças, adolescentes e jovens e suas famílias”, diz nota da ONG. 

Cesare La Rocca e crianças atendidas pelo projeto Axé, nos anos 90 — Foto: Arquivo pessoal

Pelas redes sociais, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, lamentou a morte de Cesare. “Cesare La Rocca foi o italiano mais baiano que conheci. Seu amor por nossa terra é representado por todas as milhares de crianças e jovens atendidos pelo projeto Axé”, disse.

O governador da Bahia, Rui Costa, disse que recebeu com tristeza a morte de Cesare. “Um italiano que deixou na Bahia o seu grande pegado para a sociedade e será sempre lembrado pelos baianos”, afirmou.

Rui Costa lamenta morte do fundador do Projeto Axé — Foto: Reprodução/Redes sociais

A fotógrafa Mila Petrillo lembrou que o projeto Axé transformou a vida de milhares de jovens. “Difícil demais o mundo sem o Cesare La Rocca… de verdade, estou fazendo um esforço danado pra contar a grandeza da pessoa e do trabalho mas não consigo fazer caber essa imensidão toda. O Cesare transformou a vida de milhares de crianças, adolescentes e educadores no Projeto Axé com uma pedagogia revolucionária, a Pedagogia do Desejo, desenvolvida com Paulo Freire”, destacou. 


Artistas como Daniele Mercury também se pronunciariam. “Estou tristíssima com a sua partida, querido amigo e mentor. Que dor perder sua companhia iluminada, tão forte e generosa. Você sempre será minha grande inspiração para seguir lutando contra a desigualdade e a injustiça social”, escreve no Instagram. 

Daniela Mercury posta vídeo em homenagem de despedida a Cesare La Rocca — Foto: Reprodução/Rede Sociais

Gilberto Gil publicou uma imagem de pesar lamentando a perda de Cesare.

Gilberto Gil lamenta morte de Cesare La Rocca — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Margareth Menezes publicou que a morte do italiano foi uma grande perda à sociedade e fez questão de exaltar os trabalhos do Projeto Axé e a mudança que atingiu a vida dos jovens alcançados pela entidade.

“Ele deixa um legado belíssimo de transformação de vidas! Eu e toda a equipe da Fábrica Cultural nos solidarizamos com os parentes e amigos de Cesare nesse momento”, disse a cantora, que também dirige uma organização social em Salvador.

Margareth Menezes lamenta morte de Cesare La Rocca — Foto: Reprodução/TV Bahia


O músico Carlinhos Brown publicou em sua conta nas redes sociais que a chegada do italiano trouxe renovação de esperança à arte e cultura na Bahia.

“Sua chegada luminosa, na década de 90, trouxe renovação de esperanças e grandiosas ações de educação, arte e cultura que verdadeiramente fortaleceram milhares de crianças e jovens e suas famílias, com seu amor pela Bahia e seu Axé que será sempre projeto referência para todos nós. Suas ideias seguirão iluminando todos os caminhos que tiveram a honra de sua presença. Que Deus conforte sua família e sua alma siga em paz”, disse o artista.

Carlinhos Brown lamenta morte de Cesare La Rocca — Foto: Reprodução/Redes Sociais


Foto Capa: Projeto axé/ reprodução 

Fonte: Correio Braziliense e G1 Bahia

Redação