Cultura

Catu adota programação especial para dia da consciência negra

Arte como grito de guerra. Assim foi a celebrado o Dia Da Consciência Negra, nessa quarta-feira (20), tendo início às 9h, foi realizado no Marco Zero, no centro histórico da cidade, próximo a Praça Duque de Caixias, uma programação especial que envolveu membros de diferentes culturas, crenças e religiões.

“ A maioria das datas comemorativas é realizada por questão comercial, ou por membros educacionais acreditarem que a data fosse salvar tudo que se diz a respeito do preconceito, raça, é o que diz a Lei 10.639/2003, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”. Relata a Consultora pedagogica, Andrea Conceição, atuante há dois anos na biblioteca municipal.

A lei também foi instituído o dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem ao dia da morte do líder quilombola Zumbi dos Palmares, data marcada pela luta contra o preconceito racial no Brasil.

Em celebração a data, o município catuense trouxe ações que trouxeram visibilidade sobre a questão racial no Brasil avivamente à comunidade.
Durante o evento em questão, ações como como a exposição Artelix – Arte com lixa de parede de construção, que ficará exposta até o mês de novembro com o artista João Pires, de Feira de Santana, que abrilhantou o espaço da Biblioteca Municipal de Catu.

A secretaria de Saúde do município contribuiu com o evento, realizando exame de anemia falciforme gratuitamente.

Teve também Confecções de “bonecas abayomi” ( africanas), onde as mulheres negras confeccionavam para suas filhas brincar. Além de corte de cabelo, maquiagem, produtos afro e estéticos, também chamaram a atenção da comunidade catuense, junto com a típica dança africana, coordenada pelo professor Diego Martinelly.

O teatro trouxe uma apresentação solo, como o tema “ vitimixtas não, vitimizados”, com poesia do poeta Rilton júnior, intitulado “poeta com “P” de preto”, foi o enfoque da apresentação cultural, demonstrando através de poesia a luta de uma raça aguerrida e representada culturalmente.

Reforçando as reflexões, tem a roda de conversa com Maira Bahia do blog atitude social, que propôs o tema “ Meu lugar de fala descoloniza o conhecimento” baseado em trechos dos livros lugar de fala, de Djalma Ribeiro, Memórias de plantação de Grada Kilomba, o genocídio do negro brasileiro de Abdias nascimento, foi uma das partes de encerramento durante o período da tarde, com alunos do colégio João ribeiro da localidade de Panelas, e. roda de capoeira com apresentação do coral da Escola Municipal de Música, que envolveu também membros do CAPS- Centro de Assistência Psicosocial.

Durante a semana, haverá exibição de filmes com representatividade da figura negra para todas idades , além da exposição “ Artelix” que será durante todo mês de novembro.

Na biblioteca municipal, houve exposição de leitura temática para diversos públicos. O evento foi aberto a todo município e escolas públicas e privadas foram convidadas, fazendo a junção perfeita com entretenimento e educação.“ O projeto é excelente para informar a comunidade e trabalhar a consciência e valorização, chamar público para a biblioteca, tornando o local uma verdadeira sala de exposição de obras.

“Vídeos promovendo as ações sociais, através do envolvimento da comunidade em uma temática de grande importância”. Relatou Dulce Almeida, responsável pela gestão atual da biblioteca municipal, há cerca de um ano.

A mensagem que ficou latente durante toda atividade foi a igualdade de todos independente de cor, e a diversidade traga por uma cultura de resistência.

Redação