Comportamento

Gabriel Habib fala sobre os efeitos prejudiciais do excesso de trabalho

Na matéria desta semana, o Coach Gabriel Habib relata através da vivência de um amigo,a maneira que o excesso de trabalho causa danos psicológicos, posteriormente dando dicas de como melhorar a situação.

Recentemente um amigo me confessou que sentia necessidade de se abarrotar de trabalho o tempo inteiro para sentir que estava sendo produtivo.

Achei curioso, afinal vivemos num mundo onde a maioria das pessoas reclama de falta de tempo e ele parecia, justamente, querer o oposto disso. A forma como ele falou foi tão peculiar que eu fiquei matutando e cheguei a algumas conclusões interessantes:

1.Quando se está ocupado demais, não é preciso resolver os verdadeiros problemas!

Não é preciso fazer muito esforço para perceber que existem pessoas que utilizam o trabalho como “válvula de escape” para não enfrentarem os verdadeiros problemas em suas vidas. Pessoas que, ao invés de lidar com o casamento que vai de mal à pior, cuidar da educação do filho rebelde ou quem sabe resolver aquele trauma de infância que o perturba até os dias atuais, acabam se afundando em toneladas de trabalho. Dessa forma, quando menos tempo livre se tem, mais se foge dos verdadeiros problemas.

O desafio aqui é adaptar a sua vida, e isso demanda esforço e tempo, para que existam aberturas para priorizar o que é mais importante para você, seja seu cônjuge, seus filhos, sua saúde ou espiritualidade.

2.Como não se consegue sentir paz, recorre-se aos paliativos

Uma pesquisa realizada em 21 estados brasileiros mostra que 9 em cada 10 pessoas estão infelizes no trabalho. Observando-se índices como esses é possível compreender o motivo de existir aquela famosa cultura da cervejinha de sexta-feira após o expediente. Isso nada mais é do que um paliativo (que é tudo aquilo que serve para atenuar um mal ou protelar uma crise), afinal, “depois de uma semana de trabalho duro todo mundo merece um momento de descontração”!

Existem outras formas de paliativos:

(1) Vícios em outras drogas lícitas ou ilícitas

(2) necessidade constante de comprar

(3) necessidade de ter aprovação social

(4) dedicar horas assistindo novela ou séries.

Numa cultura onde a introspecção e a espiritualização infelizmente são menosprezadas, não é de se espantar que exista um enorme contingente de pessoas que não consigam se sentir bem consigo mesmas ou com o trabalho que desempenham.

O desafio aqui é criar uma consciência de que tudo tem um tempo para acontecer e aprender a sentir satisfação de cada pequeno avanço atingido para não depender mais destes paliativos para ter pequenas doses de felicidade.

3.Quando não se está conectado com o que nasceu para fazer…

Aquilo que você nasceu para fazer é o seu chamado, o seu propósito de vida. Este propósito está diretamente ligado a algo maior do que você, é a sua contribuição particular para ajudar o mundo a ser um lugar melhor para as futuras gerações. Quando você entende qual é este chamado e o vive, sua vida passa a ser preenchida de um significado maior e você sente que seu tempo está sendo bem utilizado, não fica com a sensação de que você não fez nada de importante da sua vida. Mantenham a esperança viva!

O desafio aqui é ser capaz coletar os indícios que te ajudem a entender qual é o seu desígnio maior.

Espero que estas três ideias sejam úteis para você refletir um pouco mais sobre sua vida.

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