Bahia tem aumento significativo no número de homicídios
Dados foram divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O número de homicídios na Bahia voltou a registrar aumento, de acordo com o Atlas da Violência, divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em 2017, ano em que os dados considerados pelo estudo são mais recentes, foram 7.487 assassinatos no estado, contra 7.171 registrados em 2016 – crescimento de 4,4%.
Segundo o Atlas, a Bahia se mantém na liderança nacional em números absolutos de homicídio, à frente de estados como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que são mais populosos. Conforme a pesquisa, em todo o país, a quantidade de assassinatos neste período aumento de 62.517 para 65.602 – equivalente a 4,9%.
Em números relativos a cada 100 mil habitantes, a Bahia aparece na oitava posição, com taxa de 48,8 mortes. Quem tem maior volume de homicídios é o Rio Grande do Norte, com taxa de 62,8 mortes por 100 mil habitantes, seguido de perto pelo Acre (62,2) e pelo Ceará (60,2). Os dez estados com maiores índices de homicídios são todos das regiões Norte e Nordeste.
São Paulo tem o menor número, com taxa de 10,3 mortes por 100 mil habitantes. Santa Catarina (15,2), Piauí (19,4), Distrito Federal (20,1) e Minas Gerais (20,4) aparecem logo em seguida. Considerando o número total do país, a taxa do Brasil ficou em 31,6 por 100 mil habitantes.
No histórico entre 2007 e 2017, o número de homicídios no estado mais que dobrou – naquele ano, foram 3.659 mortes, o que representa aumento de 104,6%.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado informou que desconhece a metodologia empregada pela pesquisa e sequer teve acesso ao conteúdo, “portanto não comentará os dados apresentados”. Lembra que fechou 2018 com uma redução de 11% das mortes violentas na Bahia, menor número dos últimos seis anos. “Por fim, destaca que nos cinco primeiros meses de 2019 a queda está em 14,8%, números divulgados também por pesquisas de outros institutos”.
Fonte: Correios 24 horas